Sven de Caluwé, vocalista e único membro original do Aborted, tem décadas de experiência como líder de uma banda de death metal e conhece bem os estereótipos ao redor do gênero musical, seja do público ou da imprensa.
A banda lançou recentemente ManiaCult, décimo álbum da carreira, com monstros Lovecraftianos e doses generosas de horror e brutalidade, temáticas embutidas no aspecto sonoro e visual da música extrema.
“É mais difícil quando você está em frente ao público, você tem que ter mais cuidado dependendo de onde está porque, mesmo que você esteja brincando, sempre tem uma chance de alguém se irritar”, disse em entrevista ao Wikimetal. “Estamos brincando sobre paradas horríveis, nada disso é sério, se você vai a um show de death metal e acha que qualquer pessoa ali está falando sério, desculpe, você tem um problema. Por alguma razão, as pessoas acham que somos todos serial killers”.
O vocalista relembrou uma pergunta absurda recebida na primeira turnê da banda de um jornalista polonês, um exemplo clássico da “incompreensão” sobre o estilo.
Na ocasião, a banda foi questionada sobre o que guardavam no freezer de casa. “Não sei, cara, comida?”, respondeu Sven ao entrevistador. “O cara ficou muito desapontado que eu não disse que tinha cadáveres e cabeças decapitadas e, sei lá, pênis triturados. Você conseguia ver na cara dele o quão decepcionado ele estava. As pessoas realmente acham que nos cortamos e sacrificamos virgens, essas são as coisas mais idiotas e ultrajantes”.
Mesmo diante de reações negativas, Caluwé busca não “se censurar” quando se trata do Aborted. “eu penso, ‘Quer saber? As pessoas sabem quem eu sou, conhecem meu caráter, se estão em um show do Aborted, eu serei eu mesmo’”, explicou.
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