“Não foi culpa dos meus filhos ou da banda. Não foi culpa de ninguém”
A viúva de Chester Bennington, Talinda, falou recentemente sobre a morte e a luta do músico contra a depressão e o impacto que o suicídio causa.
“Meu marido teve um passado… Ele já havia tentado se matar antes mas eu pensei comigo mesma ‘Ele estava bêbado, ele estava isso ou aquilo’. Então antes dele falecer eu fui inocente e pensei que estávamos bem”, ela revela.
“Nós tínhamos um amigo muito querido, o Chris Cornell, e ele se matou. E eu senti isso ‘Ok, Chester está vendo Vicky e suas crianças passando por isso’ – Somos padrinhos das crianças – ‘Isso nunca irá acontecer comigo’.”
Talinda também falou sobre os últimos dias que tiveram juntos, revelando que ele estava animado para sair em turnê e divulgar o novo álbum, One More Light, “então ele me deu um beijo e um nas crianças e saiu. E eu nunca mais o vi novamente”.
Ao contar que Chester estava sóbrio há quase seis meses, Talinda lembra que encontraram duas garrafas de cerveja em seu quarto quando faleceu, “Eu sabia que ele havia sofrido uma recaída, mas também sabia que ele não estava bêbado. Imediatamente eu soube que sua recaída trouxe vergonha e que essa vergonha trouxe uma vida cheia de pensamentos não saudáveis.”
Após a morte de seu marido, ela tem falado abertamente sobre depressão e suicídio buscando ajudar as pessoas que sofrem desse mal. “A internet tem me ajudado, mas também vejo comentários maldosos dizendo que o suicídio foi minha culpa. Mas eu preciso me lembrar que não foi. E não foi culpa dos meus filhos ou da banda. Não foi culpa de ninguém.”
“Não é uma culpa. Foram anos de tratamentos perdidos que levaram a abuso de substâncias que levaram a relacionamentos ruins. Quando eu o conheci, ele estava pronto para ser saudável”, ela completa.
Chester Bennington, frontman do Linkin Park, faleceu em Julho de 2017. Da mesma forma, Chris Cornell faleceu um mês antes.
