Em conversa com Nando Machado no The Wikimetal Happy Hour, Val Santos falou sobre como decidiu mudar de instrumento depois de “trauma” relacionado à sua saída do Viper nos anos 80, onde atuava como baterista.

Na época, Val relata que não tinha uma bateria, então não conseguia estudar o suficiente para se manter no nível de expertise que a banda precisava para as gravações do Theatre of Fate. “Eu só descobri que não tocava bem durante a gravação,” conta. “No estúdio você descobre algumas coisas e foi lá que eu descobri meus defeitos. Você ouve cada detalhe.”

Segundo Val Santos, o produtor do disco do Viper em questão era o mesmo responsável pelo Practice What You Preach, do Testament, e “viu na hora” que ele não conseguiria acompanhar o ritmo da banda durante as gravações, o que fez com que Val passasse as baquetas para Sergio Facci.

“O Serginho foi muito legal na época, veio conversar comigo e eu disse que entendia,” conta Val. “Ele tinha que tirar as músicas muito rápido e gravar logo, então, coitado, sofreu. Eu ficava horas regendo ele, até durante a gravação. Depois os caras [do Viper] vieram falar comigo, avisar que iam precisar de outro baterista. Eu fiquei muito mal, mas entendi.”

Na época, o baterista que substituiu Val Santos no Viper foi Guilherme Martin, que mais tarde deu lugar a Ricardo Graccia. “Um detalhe interessante é que antes do Renato entrar, eu ajudei com os arranjos da [música] ‘Rebel Maniac’ nos ensaios. Esse é um detalhe que pouca gente sabe,” revela Val Santos. Depois de um tempo tocando bateria em sua própria banda, Zuris, Val decidiu deixar a bateria de lado e trocar de instrumento. Este ano, no final de maio, Val Santos lançou de seu primeiro disco solo, o projeto de heavy metal 1986.

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