Universal Music Group pretende usar software de inteligência artificial para imitar vozes de artistas da gravadora.
A empresa anunciou um acordo com a startup SoundLabs, que desenvolverá o programa MicDrop, projetado para recriar uma voz individual.
Tendo em vista os problemas éticos que surgem no uso de inteligência artificial, a Universal declarou que a voz artificial não será disponibilizada publicamente e apenas o dono da voz poderá autorizar o uso, e obterá lucro nesse caso.
Chris Horton, vice-presidente sênior da UMG afirmou que: “A UMG se esforça para manter os artistas no centro de nossa estratégia de IA, para que a tecnologia seja usada a serviço da arte, e não o contrário.” (via LoudWire)
Como as vozes feitas por inteligência artificial podem ser usadas
O software MicDrop já está em desenvolvimento há alguns anos e seu impacto na indústria musical inclui algumas possibilidades antes impossíveis. Como por exemplo, a capacidade de cantar em idiomas que o artista não domina, criar músicas com as cordas vocais prejudicadas, e talvez a mais polêmica, o uso da voz mesmo após a morte.
Um dos casos recentes, é o de Jon Bon Jovi, que tem receio de não conseguir mais cantar ao vivo devido a um problema de saúde que afetou sua capacidade vocal. Mesmo com tratamento, o cantor ainda não tem certeza se será o suficiente para que ele volte a se apresentar profissionalmente.
Em comunicado, a Universal explicou que o MicDrop “dá aos artistas novos ‘superpoderes musicais’ e reimagina completamente a forma como a música é feita, permitindo-lhes expandir o que é possível”. (via LoudWire)
O músico e chefe do SoundLabs, BT, complementou dizendo: “o futuro da criação musical é decididamente humano”. Para ele, a inteligência artificial pode amplificar a criatividade de maneira ética, sem substituir artistas humanos.
LEIA TAMBÉM: Wolf Hoffmann opina sobre inteligência artificial e admite ter tentado usar