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KISS

KISS. Crédito: Divulgação

Turnê de despedida do Kiss: Por que a banda não parou na ‘Farewell Tour’?

Muitos duvidam que a banda vai parar, mas ‘The End of the Road Tour’ é a última do Kiss

Kiss está no Brasil para a End of The Road Tour, turnê de despedida da banda. Desde o anúncio dos shows, muita gente não acreditou na intenção do grupo de se aposentar definitivamente dos palcos, afinal, essa não é a primeira série de shows divulgada como o adeus dos palcos da banda. 

Realmente, a primeira turnê do Kiss anunciada como a última da carreira aconteceu há duas décadas e com a formação original da banda, incluindo Ace Frehley e Peter Criss. Foram mais de 140 shows entre março de 2000 e abril de 2001 na chamada The Farewell Tour

O que aconteceu para o Kiss mudar de ideia? A turnê de despedida foi apenas uma jogada de marketing? Apesar da reunião da formação original e da boa recepção de Psycho Circus (1998), os bastidores da banda envolviam tensões e Peter Criss nem chegou a terminar a Farewell Tour, abandonando os shows quando o contrato com a banda venceu. O baterista foi substituído por Eric Singer nos shows do Japão e Austrália.

De acordo com a Ultimate Classic Rock, Paul Stanley escreveu na autobiografia Face the Music: A Life Exposed sobre a frustração com os colegas, tendo Frehley quase perdido uma apresentação, e a estagnação musical do Kiss, já na terceira turnê respectiva com o mesmo setlist. 

Em 2004, o Kiss voltou aos palcos, desta vez com Singer na bateria e Tommy Thayer no papel de Spaceman, porque a banda finalmente percebeu que não precisava acabar, apenas se livrar do problema representado pelos ex-integrantes, conforme explicou Stanley em 2014. 

The End of The Road Tour é a turnê de despedida de verdade do Kiss

Vinte anos depois, com os fundadores da banda na casa dos 70 anos, o cenário é completamente diferente e não existem motivos para duvidar da despedida de verdade do Kiss com a atual turnê. 

Em entrevista ao BUILD Series, em 2019, Stanley explicou a decisão de parar agora. “A banda nunca esteve melhor do que agora, mas percebemos que não seremos tão bons para sempre. Se fizéssemos o show de camiseta [e calça], poderíamos tocar até nossos 90 anos de idade, mas carregamos 20 quilos de equipamentos. Tentamos fazer parecer fácil, é trabalho duro, mas amamos isso”, disse. “Ao invés de ir sumindo, Kiss não sabe desaparecer, precisamos sair e explodir”. 

O vocalista também comentou sobre os “céticos” quando o assunto é a aposentadoria da banda. “Você precisa se lembrar que, quando nos apresentarmos na sua cidade, acabou. Podemos ter um show em Milão [pela frente], mas na noite em que tocarmos na sua cidade, essa é a despedida”, argumentou.

Na mesma entrevista, Gene Simmons não foi tão gentil com quem duvida da palavra da banda. “Para quem não acredita que é nossa última turnê, tem gente que acredita que a Terra é plana, então acredite no que quiser. Queremos sair no topo”, avisou. 

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