Iron Maiden novamente no topo, lugar onde pertence a realeza do Rock. Os deuses do Heavy Metal estão de volta, e esse é um grande motivo para comemorar!”

por Nando Machado

Valeu a pena esperar 5 anos por um disco novo do Iron Maiden. O mais longo álbum, o mais longo hiato da banda, o primeiro álbum duplo, 92 minutos de Heavy Metal puro sangue.

A realeza está de volta em sua plenitude, com os 3 maiores compositores da banda escrevendo músicas novas. Impressionante a recuperação de Bruce Dickinson que parece rejuvenescer a cada disco. Mais uma vez a banda contratou o sul africano Kevin Shirley, mais conhecido como The Caveman (Rush, Black Crowes, Journey, Black Country Communion, Joe Bonamassa, Aerosmith, e os últimos discos do Iron Maiden), um dos grandes produtores do Metal atual.

O disco é fantástico em vários aspectos, principalmente pela volta das composições de Bruce Dickinson e Adrian Smith, pelos sons dos solos de guitarra, pelo peso, pelos belos riffs, pelas melodias e pela volta do maior frontman do Heavy Metal em todos os tempos. Como é bom ouvir esse grande vocalista em plena forma e essa banda lançando mais uma vez um excelente disco. Faça bom uso do seu suado dinheiro, no dia 4 de setembro vá a uma loja de discos e compre o CD, compre o vinil, baixe no iTunes, ouça no Spotify, no Deezer ou no Rdio, prometo que você não vai se arrepender.

Vamos levar o Heavy Metal do Iron Maiden direto para o topo, lugar onde pertence a realeza do Rock. Os deuses do Heavy Metal estão de volta, e esse é um grande motivo para comemorar!

Agora só nos resta aguardar ansiosamente por 2016 quando a banda sem dúvida virá ao Brasil lotando estádios mais uma vez e emocionando fãs de todas as gerações.

Como é bom ouvir esse grande vocalista em plena forma e essa banda lançando mais uma vez um excelente disco”

Disco 1

1. If Eternity Should Fail – Excelente música de Bruce Dickinson, na linha de Seventh Son Of A Seventh Son, excelente refrão. Começa o filme, The Book Of Souls dá a impressão de ser um filme, Heavy Metal cinematográfico, dramático. A música começa praticamente com a voz de Bruce, que mostra não precisar de banda, mas aí quando entra a banda… Sim, não é uma banda qualquer, é o Iron Maiden, na cara – Nota 8,5

2. Speed Of Light – Que intro, que riff, que belo 1º single. Iron Maiden Rock’n Roll – Pesada, porrada, lembra o som da banda no “No Prayer For The Dying”. Speed Of Light é o primeiro single do álbum, uma bela maneira de mostrar quem é quem no Rock. Refrão de gente grande – Nota 7,5

3. The Great Unknown – Bruce cantando sensacionalmente, que levada diferente, que arranjo de guitarra, que dinâmica diferente. Nicko McBrain mostra porque é o motor do Iron Maiden desde o “Piece Of Mind”, 32 anos sem tirar. A base do solo é de quebrar a cabeça, os solos também, entre os melhores do disco – Nota 7,0

4. The Red And The Black – Introdução com acordes de Steve Harris que se repete no final da música, lembra uma melodia flamenca, espanhola. A base da música lembra Rime Of The Ancient Mariner bem pesada, guitarra acompanhando a melodia do vocal gerando um efeito bem interessante. Mais uma vez uma grande interpretação de Bruce Dickinson. Refrão feito para shows em estádios – Nota 8,0

5. When The River Runs Deep – Finalmente a levada que tanto amamos no Maiden, ma mais rápida do disco até agora, Bruce, caramba, que forma, que voz tem esse cara, nunca decepciona. Adrian Smith voltando a compor mostra a importância desse guitarrista genial e de extremo bom gosto. Nota 8,0

6. The Book Of Souls – A música começa e termina com um dedilhado, uma bela melodia e logo entra o peso característico do Maiden. Desculpem me por soar tão repetitivo mas PQP, Bruce Dickinson arrasando quarteirão mais uma vez. Na minha opinião esses teclados são totalmente desnecessários mas causam um efeito diferente. Uma música na linha de Powerslave em termos de melodia. A base do meio poderia estar no “Piece Of Mind” ou no próprio “Powerslave” – Nota 7,0

Disco 2

1. Death Or Glory – O disco 2 começa bem, muito bem, com uma pegada pesada, um riff fantástico na linha de The Duellist. Mais uma vez a parceria Smith/Dickinson dando muito certo. A mais pesada até agora, refrão forte e uma coleção de riffs – Nota 8,0

2. Shadows Of The Valley – Harris e Gers compondo juntos, interessante resultado, belo som de guitarra, grandes riffs e mais uma vez um refrão muito legal, empolgante. No final, mais uma parte feita para encantar estádios ao redor do mundo. Nota 6,5

3. Tears Of A Clown – Adrian Smith compondo com Steve Harris, confesso que já gostei antes de ouvir. Uma música baseada no triste suicídio de Robin Williams. Linda letra, melodia emocionante e sincera e Bruce mais uma vez colocando um feeling inacreditável em sua interpretação. Nicko McBrian impecável como sempre, um baterista que toca para a banda, para a música sem nunca aparecer mais do que o necessário, mas sempre se destacando pela sua habilidade e dinâmica que faz cada música ter uma pulsação diferente. Impressionante como alguns músicos desenvolvem uma habilidade única e Nicko McBrain demonstra aqui porque está na banda do exigente Steve Harris há 32 anos. Nota 8,0

4. The Man Of Sorrows – Dave Murray compondo com Steve Harris? Esse disco está demais, e a música já começa com o som característico da Fender Stratocaster de Murray. Parece que vai ser a balada do disco, na linha de Coming Home do “The Final Frontier” mas ela toma um rumo diferente e surpreende pela bela melodia aliada a dissonâncias interessantes. Nota 6,0

5. Empire Of The Clouds – A música começa com Bruce Dickinson tocando piano, é a mais longa de toda a carreira do Iron Maiden, 18 minutos. Violinos? Tenho a sensação de que um filme vai começar, um grande épico, e ao mesmo tempos passa um filme na minha cabeça, um filme de 32 anos que escuto essa banda fantástica, que não envelhece. Tantas histórias, tantos momentos, tantos shows, tantas amizades, essa história que temos em comum, esse senso de comunidade que só é comum para quem gosta desse estilo de música. Obrigado Iron Maiden, vocês fazem parte da minha história pessoal e profissional. Tão diferente e tão igual ao mesmo tempo, não tão rápida, não tão pesada, apenas diferente e ao meso tempo tão, tão, tão IRON MAIDEN. Pra mim a melhor música do disco, que cresce aos poucos e que vai ficando mais interessante a cada minuto, a cada audição. Bruce Dickinson você é FODA! Nota 8,5

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