Em meio aos preparativos para a turnê nas Américas, o System of a Down comentou sobre os rumores de um possível novo álbum de estúdio depois de quase duas décadas, que poderia suceder Mezmerize e Hypnotize, lançados no ano de 2005.
Em entrevista ao portal NME, Shavo Odadjian, baixista da lendária banda de metal, disse que o grupo está “sempre conversando”, mas que preza, sobretudo, pela qualidade do material. “Se acontecer, precisa ser incrível! Não pode ser só uma jam”, afirmou.
Já o vocalista Serj Tankian revelou anteriormente ter adotado uma postura mais passiva em relação ao processo criativo dos últimos discos, e destacou que seria necessário uma abordagem diferente para os futuros trabalhos.
Em contrapartida, Tankian revelou recentemente à entrevistadora Sona Oganesyan que ainda não existem esforços nesse sentido. “Eu diria que não existe nenhum álbum sendo escrito”.
Posicionamento que é compartilhado pelo guitarrista Daron Malakian que, durante um bate papo com o produtor Rick Rubin, que produziu os dois últimos discos da banda, admitiu que também se mantém cético em relação ao retorno aos estúdios.
“Eu não sei o quanto eu quero voltar [a compor]. Eu tenho certeza de que as pessoas não vão ficar felizes ao ouvir isso de mim. Não estou mais no mesmo lugar que estava há 10 anos “, afirmou.
Ele completou dizendo que gostaria de ter visto até onde a banda teria evoluído caso continuasse lançando novos trabalhos. “Só estamos muito longe [de Mezmerize e Hipnotize], a história não é capaz de evoluir para mim”.
Outro empecilho, para o baterista John Dolmayan, são as desavenças políticas que ele possui com o vocalista, com quem já divergiu inúmeras vezes publicamente. Ele também mencionou que só voltaria a compor sob “diretrizes rígidas”.
Em 2020, o System of a Down se reuniu para lançar os singles “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”, para arrecadar fundos para a causa armênia.
SOAD mantém as atividades
Em meio às incertezas sobre um possível novo disco, a banda mantém presença nos palcos, e se prepara para uma grande turnê na América do Sul.
Sobre as apresentações, o baixista Shavo Odadjian, também em entrevista ao NME, disse que o grupo poderia aproveitar as datas para “testar os arredores”, mas que isso não necessariamente significava o lançamento de um novo trabalho.
Os shows acontecem entre os meses de abril e maio deste ano na Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Brasil. Por aqui, a banda vai se apresentar no Rio de Janeiro, Curitiba e em São Paulo. Alguns ingressos previamente esgotados apareceram disponíveis no site da Eventim em todas as datas anunciadas – a disponibilidade pode ser alterada a qualquer momento.
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