A estreia do Summer Breeze no Brasil, em abril deste ano, foi considerada um sucesso em muitos aspectos, do line-up à experiência geral. Mas quando o assunto é acessibilidade, a expertise dos festivais europeus passou longe, como aponta Renato Sanson em podcast.
No mais recente episódio do Renatocast, o criador de conteúdo e frequentador assíduo de shows e festivais de rock e metal traz a perspectiva de uma pessoa com deficiência em um evento deste porte. “Mas a questão da acessibilidade [no Summer Breeze Brasil] foi horrível. Não foi nem ruim, foi péssimo, tétrico”, contou. “O que sempre critico nas coberturas é a questão de onde colocam as pessoas com deficiência para assistir aos shows, isso me incomoda demais, porque é sempre muito longe do palco e atrás do bar”.
Entre outros pontos de experiência negativa para PCDs, o podcast cita a falta de organização na entrada, falta de banheiros químicos adequados, além da visibilidade inadequada do palco inadequada, não permitindo uma boa experiência a este público. Apesar das necessárias críticas, Renato também aponta o que poderia ser feito para melhorar a questão de acessibilidade para pessoas com deficiências, algo que, com melhorias, chamaria a atenção deste público que muitas vezes é negligenciado em shows e festivais.
De acordo com o podcaster, a versão alemã do festival, bem como outros eventos europeus, trata a questão da acessibilidade com mais atenção, e mesmo não sendo uma obrigação das produtoras, oferecem uma estrutura adequada.
A próxima edição do Summer Breeze Brasil está confirmada para 2024. No próximo ano, o evento terá três dias de duração, entre os dias 26, 27 e 28 de abril, de sexta a domingo. Saiba mais aqui.
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