Os fãs de metal conheceram o Slipknot por meio do bem sucedido álbum homônimo lançado em 1999, mas a banda fincou o pé no mundo da música pesada com Iowa, o segundo álbum de estúdio lançado em 28 de agosto de 2001.

Com o nome do estado de origem do Slipknot, o trabalho, produzido por Ross Robinson e a própria banda, foi recebido com muita expectativa por parte dos fãs. E a espera não decepcionou.

Iowa estreou em primeiro lugar nas paradas de nove países. Entre as 14 faixas, os destaques – que até hoje são considerados grandes hits da banda – são “Disasterpiece”, “The Heretic Anthem”, “People = Shit” e as faixas “Left Behind” e “My Plague” que foram indicadas ao Grammy.

O sucesso do álbum é inegável e hoje o grupo colhe seus frutos, mas, segundo os integrantes, a época de criação de Iowa foi “a pior fase da banda”. Eles tentavam criar algo que superasse seu álbum de estreia enquanto os músicos estavam exaustos da turnê do disco inicial, brigavam entre si e ainda não recebiam dinheiro o suficiente para se manter. Muitos deles, incluindo o vocalista Corey Taylor, afundaram-se nas drogas como forma de lidar com a saúde mental.

“Só me lembro de muita escuridão e raiva”, comentou Taylor sobre a época. “Eu me cortava enquanto gravávamos e sangrava por todos os lugares. Então, eu passava mal e vomitava. Eu só queria sentir alguma coisa”. O vocalista havia acabado de sair de um relacionamento tóxico e passava por um dos períodos mais difíceis de sua depressão.

As brigas entre os integrantes se tornaram tão intensas que Taylor retomou o projeto com Stone Sour ao lado do colega de Slipknot e guitarrista Jim Root. O grupo havia terminado em 1997, mas segundo o vocalista, “eles precisaram dar o fora” do Slipknot.

“Percebi que estava abrindo mão de muito poder, de muito controle. Então, quando fizemos o Stone Sour, eu fiz grande parte da produção e dos arranjos, o que foi bom para a minha cabeça, mas não resolveu o problema”, disse Taylor ao Revolver.

Iowa, famoso também por sua capa icônica com uma cabra, é um álbum raivoso sobre miséria e dor. As letras trazem temas de luto, misantropia, psicose, fúria, rejeição e hostilidade. O momento sombrio que os músicos estavam passando atingiu muitas pessoas que se identificaram com a dor. Até hoje o álbum é um dos mais queridos pelos fãs justamente pela sua violência e peso.

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Jornalista musical há 8 anos, é editora do Wikimetal, onde une suas duas grandes paixões: música e escrita. Acredita que a música pesada merece estar em todos os lugares e busca tornar isso realidade. Slipknot, Evanescence e Bring Me The Horizon não podem faltar na sua playlist.