Em meio a turnê de despedida do Sepultura, durante a passagem pela Europa, Andreas Kisser, em entrevista ao Moshpit Passion da Alemanha, comentou sobre como tem sido a turnê de despedida da banda e da possibilidade de chamar os irmãos Max e Iggor Cavalera para finalizar a turnê.
Andreas falou um pouco também de como está o andamento da gravação do álbum ao vivo do Sepultura (transcrito pelo Blabbermouth): “Está indo muito bem. Conseguimos gravar todos os shows desde que começamos. Mesmo com Eloy [Casagrande], já estávamos gravando bastante material. Mas quando Greyson [Nekrutman] entrou na banda em março deste ano — o primeiro show foi em 1º de março no Brasil, nesta celebração de 40 anos —, claro que, com um novo baterista, surge uma nova química. Ainda vai levar um tempo para melhorar.”
E continua: “Agora estamos em uma posição muito boa, pois tocamos bastante no Brasil, tocamos na América Latina, fizemos dois shows na Coreia do Sul, Estados Unidos, Canadá. Agora estamos na Europa. Voltamos para o Brasil para terminar o ano com mais cinco datas, e estamos gravando tudo. Está ótimo. Ainda não paramos para selecionar as faixas, porque a ideia é lançar 40 músicas gravadas em 40 cidades diferentes. Então, é um grande desafio, mas, sim, conseguimos ir a várias cidades diferentes. Acho que teremos uma ideia melhor sobre quando e como isso será lançado talvez no início do próximo ano.”
Ao ser questionado sobre o que a banda prepara para o último show da turnê, o guitarrista comenta que não sabe ao certo se ele será incluído nas gravações, mas ele garante que seria ótimo registrar o último show, planejado para ser em São Paulo em 2026, “Queremos convidar todos os ex-membros, incluindo os irmãos Cavalera. Vamos ver o que acontece. Estamos trabalhando para que seja uma grande celebração para os fãs.” comentou Andreas.
Apesar de reconhecer o rompimento conturbado com Max Cavalera, há quase 30 anos, o guitarrista afirma: “Não importa quem está certo ou errado. Nunca vamos chegar a um consenso. [Risos] Temos pontos de vista diferentes e perspectivas diferentes sobre os mesmos eventos históricos. Então, vamos tocar juntos, nos divertir pelos fãs, por nós mesmos, e encerrar esses incríveis 43 ou 44 anos, seja o que for no momento, em paz com nós mesmos, e buscar algo diferente depois disso. Pelo menos, do meu ponto de vista, quero continuar com a música, mas talvez fazer algo diferente. Quem sabe?”
Com novos projetos à vista, Andreas deixa claro que a música seguirá viva em sua carreira, enquanto o legado do Sepultura será lembrado como um dos capítulos mais intensos e duradouros do metal mundial.
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