Ted Nugent fez uma série de declarações negacionistas desde o início da pandemia. Contrário ao uso de máscaras e descrente na eficácia das vacinas e no número de mortos, o músico de 72 anos testou positivo para COVID-19 nesta semana.
Após a notícia, colegas do meio artístico comentaram o diagnóstico do guitarrista. O posicionamento de Dee Snider e Sebastian Bach levantou uma questão ética recorrente em tempos de maior consciência social: É possível separar a arte do artista?
Nas redes sociais, Snider deu risada da notícia. “Isso… é… apenas lindo! Eu tenho zero simpatia por negacionistas falastrões que pegam a coisa que negaram existir! Pessoas sofreram e morreram enquanto Ted literalmente chamava o COVID-19 de besteira”, escreveu o vocalista do Twisted Sister.
Quando um seguidor comentou que amava a discografia de Nugent, mas tentava separar a obra dos posicionamentos políticos, o cantor se posicionou sobre a obra do músico. “Irmão, eu também amo a música do Ted. E faço o mesmo. Tento não confundir o artista com a arte. Muitas vezes é difícil”, explicou.
Ao comentar a postagem de Snider, Sebastian Bach demonstrou uma visão diferente quando se trata de apreciar a discografia do negacionista e apontou como Nugent insiste em chamar o COVID-19 de “vírus chinês”, uma forma de racismo.
“Zero simpatia por ódio aos asiáticos. Se você quer espalhar ódio, vai receber ódio de volta, sem problemas. Zero simpatia por qualquer pessoa que use termos racistas. Para cada músico como esse, existe um cara como eu ou Dee que não vai aceitar. E mais, somos maiores que eles’, escreveu Bach. “Você não está doente de um vírus da China. Está doente por ser ignorante na América”.
Em outro tweet, o ex-vocalista do Skid Row seguiu com a linha de raciocínio. “Quando escrevi meu livro, seis anos atrás, machucou meu coração escrever partes sobre meus heróis de infância que eram apenas perturbadores demais para ignorar”, continuou. “Estou pronto para oferecer minha extensa coleção para Tom Morello, não tenho mais uso para isso. Faz minha casa cheirar mal”.
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