Texto escrito pelo WikiBrother Roberto Teixeira para a coluna Scream For Me, WikiBrother
O rock foi o pano de fundo nas séries com maiores audiências divulgadas pela Netflix, o maior serviço de streaming, em 2022. Em meados do ano, o Metallica decolou entre os mais jovens quando o personagem Eddie Munson, da quarta temporada de Stranger Things tocou a faixa-título do disco Master of Puppets (1986).
Além disso, a icônica dança da Wandinha, ao som da banda The Cramps, “Goo Goo Muck”, se tornou viral nas redes sociais, com muita gente arriscando os passos excêntricos da membro da família Addams, protagonizada pela atriz Jenna Ortega. Em dezembro, vídeos no TikTok, com do desafio reproduzindo, já acumulam quase 15 bilhões de visualizações.
Em termos de sucesso fez lembrar o tema de Pulp Fiction, de um dos maiores guitarristas da história do rock, Dick Dale, pai da surf music. Ele escreveu “Misirlou”, tocada no filme de 1994, de Quentin Tarantino.
Mas, o rock também sofreu com grandes perdas em 2022. Infelizmente, com o avançar da idade de nossos heróis, na faixa dos 70-80 anos, como foi o caso de Erasmo Carlos. Pioneiro do que entendemos como rock brasileiro, tem, por exemplo, a obra-prima Carlos, Erasmo, de 1971. Mas, também faleceram mais jovens como Taylor Hawkins, baterista da banda Foo Fighters por 25 anos, com apenas 50 anos de idade.
O ano, porém, teve um segundo semestre animado em todos os sentidos – com a mais disputada eleição de todos os tempos, a Copa do Mundo em um país inédito e controverso, o Qatar, e, no rock, um dos maiores festivais de música do planeta, o Rock in Rio.
Verdadeiramente e, há algumas edições, consolidado com um festival de música de todos os estilos, concentrando o rock e metal para pinceladas em um ou dois dias. Assim, o Rock in Rio deveria mudar de nome? Esse debate vem a cada edição, mas a organização dá de ombros e o evento seguiu cada vez mais forte, pós-controle da maior pandemia de todos os tempos.
De qualquer forma, o rock esteve em evidência com o Iron Maiden como headliner e ainda Green Day, que também fez showzaço, Guns N’Roses, Coldplay, os novinhos do Maneskin, Billy Idol, que chegou a dar vacilada, os brasileiros como o Capital Inicial e por aí vai.
O KISS anunciou também: “Agora é a última vez em shows, hein”. Mas, pegadinha do malandro! Por sorte nossa, eles vão voltar em 2023, no Monster of Rock, aquele que pode ser o principal evento para os veteranos e novos amantes do estilo. Também foi anunciado no ano que passou: muito rock do bom no Summer Breeze Brasil, apenas uma semana depois, com bandas mais jovens, mas não menos gigantes, como Parkway Drive, Avantasia e Stone Temple Pilots.
E, no Brasil, a grande expectativa é ver todos os Titãs novamente juntos depois de 30 anos. Obviamente, sem o querido e saudoso Marcelo Fromer, que terá a substituição de Liminha, ele mesmo que produziu a maioria dos grandes vinis de rock dos anos 80, que estamos acostumados a ouvir. Só esperamos que seja Titãs, sendo Titãs mesmo! Porrada, Cabeça Dinossauro! Nada de show de baladinhas, como fizeram em uma época.
E foi anunciado mais: o evento The Town, nos moldes do Rock in Rio, em setembro, a lenda do Iron Maiden, Paul Di’anno, Def Leppard, Mötley Crüe e o rock australiano do Hoodoo Gurus. E, assim, o rock ainda não morreu, segue vivinho em variados estilos e gerações em 2022, 2023… E viva o rock!
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