Scorpions teve uma reação diferente de muitas bandas de rock e metal na transição para a década de 1990, quando o grunge chegou e abalou as estruturas da indústria musical. Como sobreviver a uma mudança tão grande?

Em recente entrevista à Metal Hammer, Rudolf Schenker contou que a banda simplesmente não tentou lutar contra a nova tendência – e colheu ótimos frutos com isso. 

“Quando o grunge e o alternativo explodiram, estávamos tocando na Ásia, em lugares como Tailândia, Filipinas e Indonésia, onde ainda nos apresentávamos em estádios enormes. Por que lutar contra o grunge na Europa e na América quando podemos fazer grandes shows na Rússia, Taiwan e assim por diante?”, explicou. 

O momento político também era favorável, especialmente depois da queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989. “Foi uma nova geração de alemães entrando na Rússia, [dessa vez] não com tanques, mas com guitarras, trazendo amor e paz”, observou Schenker. 

Ao longo da carreira, a banda fez questão de se apresentar em destinos fora das rotas comerciais óbvias, algo reconhecido por bandas como Metallica. “Há uma entrevista com eles e – não me lembro se foi James [Hetfield] ou Kirk [Hammett] – foram perguntados em quantos países eles tocaram. A resposta foi: ‘Não em tantos quanto o Scorpions!’ Não tivemos medo! Valeu a pena também – vendemos mais álbuns na Tailândia do que Michael Jackson; algo como 20 vezes platina”, se orgulhou o guitarrista. 

Na última sexta-feira, 11, o Scorpions lançou o single “Seventh Sun”, terceira faixa divulgada do álbum Rock Believer, que será lançado em 25 de fevereiro. Acompanhe o calendário de lançamentos completo aqui.

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