Quando o Saxon lançou seu primeiro LP, em 21 de maio de 1979, o termo New Wave of British Heavy Metal tinha acabado de ser cunhado – neste caso, numa resenha de show que saiu na revista londrina Sounds, em 8 de maio.
O heavy metal, em si, já não era novidade. Neste ponto, deixava de ser uma vertente do rock e ia se tornando um gênero próprio. E é justamente por esse quesito que Saxon tem uma sonoridade defasada, se comparada a de trabalhos de outras bandas de heavy metal da mesma época, como Overkill (1979) e Bomber (1979), do Motörhead, Accept (1979), do Accept e Narita (1979), do Riot.
Este fator pode ser diretamente atribuído à direção musical da gravadora Carrere Records, selo francês especializado em música disco, e que começou a se aventurar no rock no fim da década de 70. A falta de familiaridade com o som pesado deixou a obra morna, musicalmente falando.
De forma geral, o álbum conversa bem com rock pesado setentista, oscilando as inspirações progressivas de “Rainbow Theme” e “Frozen Rainbow”, a furiosa intro de bateria de “Judgement Day” e a sonoridade glam de “Big Teaser”.
“Stallions of the Highway” e “Backs to the Wall” são os pontos altos, já prevendo a sonoridade clássica do Saxon, com o baixo galopante, os riffs de acordes suspensos e arpejos e vocais dobrados nos refrões.
Na edição remasterizada do álbum (2009), é possível ouvir demos de algumas canções, gravadas em 1978, quando a banda ainda se chamava Son of a Bitch – e, por razões óbvias, teve de ser rebatizada. As demos soam mais cruas, e mais próximas a o que o Saxon soaria nos próximos álbuns – os mais aclamados de sua carreira.
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