Conforme foi apurado pelo F5, o advogado e vice-presidente da Confederação Israelista no Brasil (CONIB), Ary Bergher, entrou com uma ação para que Roger Waters seja impedido de entrar no Brasil e realizar os shows de sua turnê de despedida, This Is Not A Drill.
A motivação seria a recente controvérsia envolvendo um uniforme de estilo nazista usado por Rogers durante seu show. O ato faz parte de uma encenação teatral realizada pelo músico em seus shows há décadas como uma forma de crítica social.
Em caso de prosseguimento com os shows de Waters no Brasil, Ary Bergher pede para que as apresentações do artista sejam monitoradas pela Polícia Federal e Civil. “Entrei com o pedido como cidadão, brasileiro e judeu,” declara Bergher, segundo o F5. “Ele é um nazista que deve ser contido e preso.”
Pouco depois de ser investigado pela polícia alemã pelo uso do uniforme em estilo nazista, Roger Waters negou ser antissemita e explicou os elementos utilizados em sua performance em um comunicado:
“Os elementos da minha performance que foram questionados são claramente uma declaração contra o fascismo, injustiça e preconceito em todas as suas formas. Tentativas de retratar esses elementos como outra coisa são hipócritas e motivadas politicamente.”
O pedido movido pelo advogado Ary Bergher foi endereçado ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, no dia 29 de maio. Até o momento, Roger Waters tem shows agendados em Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.