Após dois anos de preparação, a Cidade do Rock abre oficialmente suas portas para ser a casa de mais de 750 atrações ao longo dos sete dias de evento. Conhecido como o Dia do Rock, o terceiro dia de evento levou ao Parque Olímpico do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, aquela já conhecida multidão vestida de preto, com looks descolados e toda atitude rock’n’roll. Pela primeira vez o Rock in Rio não dedica um dia ao Metal, com bandas mais pesadas, tornando a edição de 40 anos com o lineup mais fraco.
Apesar disso, teve shows ao gosto de cada visitante, em um dia marcado por atrações inéditas, clássicas e algumas que estiveram há pouco tempo no Brasil. O Palco Mundo começou entregando nostalgia com duas bandas clássicas, Os Paralamas do Sucesso, que fizeram todos cantarem e pela primeira vez no festival, e Journey.
Uma das atrações clássicas e inéditas mais aguardadas não conseguiu superar as expectativas do público, apesar do esforço só agitaram nas duas últimas músicas, os hits “Don’t Stop Believin'” e “Any Way You Want It”. Mas, particularmente foi um show legal, principalmente para quem nunca tinha visto a banda ao vivo, e devido a má performance, é provável que muitos jovens ali morram sem saber quem é o Journey.
As apresentações entre os Palcos Mundo e Sunset foram intercaladas, sendo possível assistir todas. Após Journey, o público mais novo – mas nem tanto -, aguardava Incubus, que se apresentava pela segunda vez no Rock in Rio. Apesar do setlist pequeno, Incubus entregou um show memorável e nostálgico, agradando os fãs. A banda retorna ao Brasil no próximo ano com uma turnê solo e promete uma apresentação mais extensa e melhor.
Voltando ao Palco Mundo, a legião de fãs em êxtase aguardam ansiosos pelo Evanescence, que apensar de ter se apresentado pelo Brasil no ano passado, prova que sua legião de fãs é fiel e não se cansam de assistir a banda. Amy Lee como sempre entregou um dos melhores shows da noite, com seu vozeirão potente e performance nostálgica. O show começou e logo parou, devido a problemas técnicos logo no início, causando alguns minutos de atraso. A banda consegue resistir ao tempo com um show que parece ser retirado dos anos 2000, quando a banda estava no auge.
Fechando o Palco Sunset, uma das principais bandas de rock da história: Deep Purple. O cultuado grupo inglês formado em 1968 se mostrou resistente ao tempo, entregando clássicos e faixas do último álbum =1 (2024). O show começou com o hino “Highway Star”, também com problemas técnicos no microfone de Ian Gillan, estragando uma das melhores canções da banda – o problema se resolveu no meio da canção. Deep Purple provou que o rock está vivo, em uma das apresentações mais energéticas do Rock in Rio 2024.
Avenged Sevenfold fechou o terceiro dia de Rock in Rio, em uma noite com ingressos esgotados e fãs nostálgicos que aguardaram 10 anos desde a última passagem da banda pelo Brasil. Pela primeira vez, os norte americanos são headliner em um grande festival no Brasil, mas ainda assim, não chamaram todo o público para a frente do palco, sendo o dia com menos gente assistindo ao headliner – nos outros dias, havia muita mais gente assistindo ao último show do dia. Isso não tira o mérito da banda e do show caloroso, com clássicos que fizeram os fãs fiéis cantarem e pirotecnia que deixaram a apresentação mais bonita.
Rock in Rio 2024 fechou o único dia com bandas de rock e metal marcado sua edição de 40 anos com muitos problemas técnicos em todos os palcos e lineup fraco e repetido. Apesar disso, conseguiu reunir fãs de todos os tipos, além das pessoas que só vão para estar marcar presença em um festival grande de rock. No final, fica a reflexão: porque está tão difícil conseguir montar um lineup para grandes festivais?
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