Roberto Barros, guitarrista e parceiro de composição de Edu Falaschi, desabafou nas redes sociais na última segunda-feira, 23, sobre saúde mental frente aos ataques sofridos na internet, com críticas cruéis sobre a performance ao vivo na turnê do álbum Vera Cruz (2021).

Em uma série de Stories no Instagram, o músico mostrou prints de comentários depreciativos que recebe diariamente criticando seu trabalho e contou que até a própria família “sofre tanta perseguição” por isso.

“A realidade é que a inveja é tão grande que as pessoas perdem a noção do mal que elas fazem as outras com esse tipo de perseguição. (…) E eu penso: ‘Meu Deus, o que eu preciso fazer?’. Sinceramente, vocês conseguiram, o Vera Cruz foi meu último álbum de metal nesse país”, contou Roberto. “Obviamente. nem sempre eu acerto tudo, pois isso é arte. Inclusive no esporte nem sempre o campeão será campeão. As pessoas me chamam de Cyborg, mas eu nunca fui e não sou e tenho que estudar o dia todo pra entregar o meu melhor para o público”.

O guitarrista ainda explicou o motivo do desabafo. “Resolvi expor tudo isso. pois eu tô cansado. É fácil te destruírem em grupos fechados, escondidos, ou ir no Youtube através de fakes e falarem o pior sobre você, destruir sua vida, sua família, sua saúde , escreveu. “E o pior, te tiram o direito de responder. Se eu respondo de forma mal educada, eles dão print e distorcem tudo e você fica como o pior. Após essa semana pensando em coisas graves contra mim mesmo, resolvi me abrir aqui pra vocês, eu sempre fui um cara extremamente estudioso. Minha vida é pautada nos estudos ao extremo. Eu não toco por fama, foi consequência. Mas entre fama e minha saúde, prefiro estar bem pra cuidar da minha família”.

Roberto Barros publica desabafo nas redes sociais
Roberto Barros publica desabafo nas redes sociais. Crédito: Reprodução/Instagram

Em entrevista ao Wikimetal após a gravação do DVD de Vera Cruz em São Paulo, no último domingo, 21, Roberto Barros comentou sobre a pressão de estar nos palcos e como nem sempre os músicos estão completamente bem antes de subir aos palcos, algo que deveria ser compreendido pelo público. 

“Foi muito especial gravar esse DVD e o mais especial é a gente ter feito esse show, que é tão difícil, e ter dado tudo certo. A gente estava em uma noite abençoada, sabemos que música é igual esporte: tem dia que você está bem, tem dia que você não está bem. Então, hoje foi uma noite especialíssima assim, a gente estava todo mundo muito na mesma simbiose ali, então estou muito feliz”, disse. 

Questionado sobre a falta de compreensão do público sobre como o emocional e físico podem impactar na performance de um artista em determinados dias, Roberto fez a comparação de músicos com atletas olímpicos. “Eu gosto muito de esportes olímpicos. Então, às vezes você vê um cara que é superdotado, mas aí ele chega numa Olimpíada ou num campeonato mundial e às vezes não vai bem, porque às vezes é [como está] o dia dele, ele não tava bem, então vai muito do emocional que nem você disse, vai muito do momento, né?”, continuou. “E eu confesso que eu estava pedindo muito assim para o universo, pra que hoje fosse esse dia, porque nós fizemos alguns shows que foram alguns muito bons, outros teve esses dias em que você fala assim, ‘Cara, hoje eu não tô num dia legal’”. 

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