Em uma nova entrevista ao Los Angeles Times En Español (via Blabbermouth), Rob Halford, vocalista do Judas Priest, abordou a complexidade das opiniões entre os fãs de heavy metal, especialmente em relação ao conservadorismo presente na cena.

“É verdade que o mundo do metal tem muitos fãs conservadores. É assim que eles são”, disse Halford, refletindo. Ele destacou que, embora não compreenda completamente essa realidade, a aceita como parte do mundo da música.

Rob fez questão de enfatizar que, apesar de seu posicionamento pessoal, ele não se considera uma figura política. “Gosto de debates políticos, mas não os vejo há muito tempo”, afirmou. Ele lamentou a polarização crescente nas conversas atuais, observando que, em vez de discussões saudáveis, o que se vê muitas vezes é hostilidade.

“É tão difícil agora ter uma simples discordância”, ele observou, acrescentando que a capacidade de discordar de forma civilizada parece ter se perdido em um clima de intenso confronto.

Halford também falou sobre a comunidade LGBTQIA+ e a diversidade de seus fãs

Halford, que se assumiu publicamente como gay em 1998, também compartilhou a alegria que sentiu ao ser recebido calorosamente quando entrou para o Rock and Roll Hall of Fame, em 2022.

Ele mencionou como a frase “Olá, pessoal, sou o gay da banda” fez com que o público reagisse com entusiasmo, mostrando que a inclusão é possível, mesmo em um gênero como o metal, que possui uma base mais conservadora. “É lindo ver essas expressões humanas se unindo em aceitação e celebração”, afirmou, sublinhando a beleza e a força que a música pode ter em unir as pessoas.

O músico também cita a diversidade do público, onde pessoas de diferentes origens econômicas e sociais se reúnem para celebrar a música. “Alguns chegam em caminhonetes velhas, enquanto outros dirigem Ferraris, mas todos estão ali juntos, batendo a cabeça e se divertindo”, disse ele. Essa união entre os fãs, independentemente de suas diferenças, é algo que Halford diz considerar muito.

Por fim, o vocalista concluiu enfatizando o poder da música como um meio de transformação. “A música pode proporcionar a melhor noite da sua vida ou inspirar uma revolução”, disse.

Ele destacou que essa conexão, essa capacidade de influenciar vidas, é uma das maiores dádivas que a música oferece. “Mesmo em meio a tantas diferenças, o que une a comunidade do heavy metal é o amor pela música, e isso é algo que eu sempre valorizarei”.

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Fã de Rock, Indie e Heavy Metal, especialmente de Iron Maiden, banda que já viu 2 vezes, acompanha desde os 12 anos e sonha assistir um show em Londres. Possui formação em Mecatrônica, ama programar, mas sempre gostou de consumir conteúdos sobre música. É apaixonado por cachorros, especialmente buldogues, no qual sonha em ter um. Seus principais ídolos são Lewis Hamilton e Steve Harris.