Será que o rock n’ roll está em declínio? Se por um lado o estilo realmente não tem o mesmo sucesso comercial de outras épocas, por outro há bandas fantásticas em constante atividade. O projeto Smith/Kotzen é um ótimo exemplo disso: Adrian Smith, do Iron Maiden, e Richie Kotzen, ex- Poison, The Winery Dogs e Mr. Big, se uniram para resgatar uma sonoridade clássica do gênero.
Com um álbum de estreia aclamado pelo público, crítica e colegas da indústria musical, Kotzen conversou com Wikimetal sobre o nascimento do projeto e os planos de sair em turnê quando for possível e seguro. Questionado por Nando Machado sobre o cenário da música atual, o músico demonstrou equilíbrio e otimismo.
“Bem, algumas pessoas falam sobre essa situação, mas eu não sei muito sobre. Quando o Iron Maiden veio para Los Angeles dois anos atrás, eles tocaram em um estádio de baseball, e estava lotado, eu estava lá, foi demais, as pessoas amaram”, começou. “Eu fiz uma turnê em 2019 que foi um sucesso, tocamos no Hellfest para um público gigante, e foi ótimo”.
LEIA TAMBÉM: Você acha que o rock morreu? Talvez o morto seja você; descubra aqui
Após analisar o mercado para gigantes do ramo, Kotzen admitiu que os desafios e facilidades do mundo atual são completamente diferentes. “Então o que acontece é que as coisas mudam, a tecnologia meio que dita as situações. Uma coisa que eu sempre falo é que a situação agora é que as pessoas fazem discos hoje que 40 anos atrás elas não conseguiriam fazer”, observou. “Porque 40 anos atrás você tinha que aprender guitarra, baixo, teclado por anos. Agora você tem um computador, programas, em que tudo que você tem que fazer é ter um bom gosto e você pode montar algo que é esperto e colocar na rádio, e você nem é um músico”.
Mesmo assim, a mudança é considerada positiva e esperada pelo artista. “Não estou dizendo que isso é ruim, eu acho que todo mundo tem o direito de ser criativo, eu acho isso ótimo. Mas você não pode querer que as coisas sejam as mesmas que antigamente, as coisas mudam, as pessoas mudam”, finalizou.
LEIA TAMBÉM: Tony Iommi não acredita na morte do rock: “Temos o Metallica no topo”
