Nosso WikiBrother Caio Papai escreveu uma crônica baseada na letra de Wasted Years, do Iron Maiden:
Ele estava sem esperança, só naufragando em seu mar de pensamentos pesados, tentando chegar a lugar algum”
Ele estava sem esperança, só naufragando em seu mar de pensamentos pesados, tentando chegar a lugar algum”
Caio Papai
Estava procurando alguma coisas há dias, porém no meio da areia não conseguia achar nada, nada além de grãos que vazavam em meio a seus dedos.
Cruzando os sete mares da costa do ouro, estava distante, distante de tudo, distante dele próprio, quase um estranho de frente ao espelho a se olhar, e até mesmo em seus atos, quando falava punha a mão no rosto, as palavras saíam confusas de sua boca e por horas tentava reconciliar as velhas amizades que estava perdendo em meio a suas palavras sem alvo, porém com muita carga explosiva.
Às vezes chorava e erguia suas mão ao céu em um canto do barco, estávamos fingindo não ver, ele estava sem esperança, só naufragando em seu mar de pensamentos pesados, tentando chegar a lugar algum, eu temia que ele não conseguiria chegar. Então você teme que ele não aguente outro dia sequer, ele tinha as palavras mas não a força necessária.
Quando fechava seus olhos talvez pensasse em sua casa e sua família, coisas que deixou para trás em busca de um novo valor, talvez repensando em inventar um novo ele, um novo motivo pra enfrentar seus medos e viver os anos dourados do seus passado que ele julgava não voltar mais.
Uma viagem impossível rumo ao passado direto do presente sem expectativa para o futuro.”
Uma viagem impossível rumo ao passado direto do presente sem expectativa para o futuro.”
As cidades passavam vagarosamente fazendo seu rosto brilhar em meio a escuridão do quarto, com folhas molhadas de água salgada na mão, as manchas de tinta borravam alguns de seus versos, tentativas frustradas de conseguir aliviar sua dor. As pessoas normalmente são assim. E quando ele esteve em seus anos dourados? Quão bom de verdade foi? Essa é a melancolia e dor da perda, seu coração descansava em paz ali e ali também ficaria grudado na proa do navio até que descansasse em paz, pois era um caminho sem volta, um marujo solitário em uma viagem impossível rumo ao passado direto do presente sem expectativa para o futuro.
Ele devia entender, que seu tempo estava ali frente a frente, o futuro vinha junto com as ondas do mar e que os anos dourados e perdidos são como as 24 horas do dia, se não usa-las perderá e só se tem uma chance, não deveria procurar o tempo perdido e viver seus novos vindouros anos dourados. É só tomar uma posição.
From the coast of gold, across the seven seas,
I’m traveling on, far and wide,
But now it seems, I’m just a stranger to myself,
And all the things I sometimes do, it isn’t me but someone else.
I close my eyes, and think of home,
Another city goes by, in the night,
Ain’t it funny how it is, you never miss it til it’s gone away,
And my heart is lying there and will be til my dying day.
So understand
Don’t waste your time always searching for those wasted years,
Face up, make your stand,
And realize you’re living in the golden years.
Too much time on my hands, I got you on my mind,
Can’t ease this pain, so easily,
When you can’t find the words to say, it’s hard to make it through another day,
And it makes me want to cry, and throw my hands up to the sky.
So understand
Don’t waste your time always searching for those wasted years,
Face up, make your stand,
And realize you’re living in the golden years.
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