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Resenha: Korn, “The Serenity of Suffering”

Essa resenha já começa com Spoiler: É disparado o melhor álbum do Korn em toda carreira.”

Por Rogerio Souza

E pra descrever as composições matadoras vamos colocar num liquidificador Sepultura, In Flames, Slipknot, Disturbed e apertar o pulse do aparelho na velocidade máxima.

O disco conta com a produção de Nick Raskulinecz, que já trabalhou com as bandas Foo Fighters, Deftones, Mastodon e Rush. Seu trabalho em “The Serenity of Suffering” tem muito dos seus pitacos, como disse James “Munky” Shaffer. “Achávamos que entraríamos em estúdio para mais uma gravação tradicional e o produtor simplesmente arrancou todos os nossos pontos fortes e isso é o que você percebe no novo álbum. Nick foi implacável e quis garantir que os riffs pesados estariam presentes com muita melodia e em outros momentos sentir um pouco da progressividade. Nos disse que nosso som não estava tão orgânico e que sentia muita falta disso. Brian e eu ficamos surpresos com suas críticas, mas ele estava certo e fora que também foi muito divertido trabalhar com ele”.

As guitarras foram gravadas ao mesmo tempo, o que deixou Munky surpreso, pois nunca havia feito assim e achou que seria um erro por parte do produtor, mas não foi e ele realmente fez com que os guitarristas tocassem e fizessem o seu melhor e o resultado foi excelente. Munky não se conformava em nunca ter feito dessa forma até agora. Como sempre a banda acerta na mosca com composições que não excedem os 5 minutos.

Como sempre a banda acerta na mosca com composições que não excedem os 5 minutos”

Insane abre o disco com uma intro feroz e mistura os vocais guturais e limpos de forma bem equilibrada e melodias grudentas que estão presentes em todo álbum. Rotting in Vain, que já teve seu video clipe lançado e tocada ao vivo, tem uma intro com elementos eletrônicos, mas que funcionam bem e logo a seguir ainda temos a impressão que estamos na primeira faixa, mas só impressão mesmo, pois essa canção tem um refrão muito mortal e marcante. Black is the Soul é mais calma, mas fará com que você aperte o Repeat do aparelho de som e esqueça de desapertar. The Hating também tem uma intro muito boa e depois descambamos para o pula pula tradicional em várias músicas do conjunto. A Differente World, que conta com a participação especial de Corey Taylor (Slipknot) tem uma melodia incrível e um arranjo espetacular. Take Me parte para um Pop Metal muito bem executado. Everything Falls Apart é muito gostosa de ouvir, uma viagem, e deixará o Faith No More com muita inveja de não ter feito uma composição como essa. Die Yet Another Night talvez a mais fraca de todas, mas que não levaria uma nota menor que 7,0. When You’re Not Here já volta a aquecer a audição e sobe para 7,5. Next Line tem um arranjo muito especial e o álbum fecha com Please Come for Me que faz com que você se desespere, pois o disco vai acabar, mas calma pois temos mais três bônus que seguem no mesmo naipe de todas as outras: Calling Me too Soon, Baby e Out of You.

Um disco intenso, marcante, melódico e com o peso na medida certa (Nota 9,5).

“The Serenity of Suffering”

01. Insane
02. Rotting in Vain
03. Black is the Soul
04. The Hating
05. A Different World (feat. Corey Taylor)
06. Take Me
07. Everything Falls Apart
08. Die Yet Another Night
09. When You’re not There
10. Next in Line
11. Please Come for Me

Bônus:

12. Calling Me too Soon
13. Baby
14. Out of You

Korn:

Jonathan Davis = Vocal, Teclados e Programação
James “Munky” Shaffer = Guitarra
Brian “Head” Welch = Guitarra
Reginald “Fieldy” Arvizu = Baixo
Ray Luzier = Bateria

Músicos Convidados:

Corey Taylor = Vocal convidado em “A Different World”
Sluggo = Over Dubs Eletrônicos

Produção: Nick Raskulinecz
Gravadora: ROADRUNNER

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