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Draconian

Draconian. Crédito: Reprodução/Facebook

Draconian presenteia fãs com longo setlist em São Paulo

Com ingressos esgotados, a estreia dos suecos aconteceu no Fabrique Club no último dia 26 de agosto

Texto por Marcelo Gomes

Os fãs compareceram em peso para a estreia do Draconian no Brasil. Com ingressos esgotados há pelo menos dois meses, os fãs ganharam uma data extra que aconteceu no dia seguinte no La Iglesia.

Quando cheguei no  horário que a casa iria abrir (17h), a fila repleta de fanáticos ansiosos pelo que estava por vir, já dobrava o quarteirão. Nem o céu cinzento e o frio que assolava o sábado na capital paulista diminuíram a empolgação dos fãs que aguardavam pacientemente a entrada na casa.

A primeira vinda do Draconian para a América do Sul se tornou ainda mais especial já que trouxe o retorno da vocalista Lisa Johansson, que participou dos primeiros álbuns da banda ao lado do vocalista Anders Jacbosson. Acompanhados por Johan Ericson (guitarra), Daniel Arvidsson (baixo), Niklas Nord (guitarra) e Jerry Tortensson (bateria), assim que o sexteto subiu ao palco, o público que lotava a casa foi à loucura. Abriram com “The Sacrificial Flame” e já foi o suficiente para deixar  qualquer um arrepiado.

Na sequência, tocaram três do mais recente trabalho, Under A Godless Veil (2020). As escolhidas foram “Lustrous Heart” e “The Sethian” e “Sleepwalkers” que foram originalmente gravadas pela ex-vocalista Heike Langhans. A interpretação da Lisa se encaixou perfeitamente nessas composições com sua voz doce, assim como em “Stellar Tombs”  que ao final  teve seu nome gritado por todos. A cantora retribuiu com um “Obrigado Brasil” e disse que era uma honra estar aqui. 

Um pequeno problema técnico antecedeu “Sorrow For Sophia” e o vocalista Anders Jacbosson aproveitou para dizer que apesar da longa espera, eles finalmente estavam no Brasil. Com tudo acertado, executaram a faixa que emana uma beleza ímpar enquanto a  voz gutural de Anders traz um contraste numa simbiose intrigante e ao mesmo tempo envolvente. Quem acompanha a carreira da banda sabe que eles estavam fazendo um setlist mais enxuto nesse ano, mas para a turnê sul-americana prepararam algo especial para os fãs que aguardavam muito por esse momento.

O setlist foi mais longo que o habitual e incluiu algumas das melhores músicas do Draconian. Resgataram a emocionante “The Cry Of Silence” do primeiro álbum da banda, um doom com ótimas referências de Black Sabbath, além de “Scenery Of Loss” com sua inconfundível introdução com  chuva e trovões.  Sem anúncio, tocaram “Dishearten” e “The Morningstar”. Essa última, um verdadeiro presente para os fãs já que não era executada há mais de uma década. 

Uma das mais comemoradas foi “Pale Torture Blue”, faixa melancólica na qual a voz da Lisa se destacou mais uma vez com sua suavidade contrastando com Anders, que tem um estilo grave e agressivo,  numa combinação perfeita. A parte final do show contou com “The Amaranth”, “Daylight Misery” e nada melhor do que se despedirem com a épica “Death, Come Near Me”, uma verdadeira epopéia que une todos os elementos que consagraram a banda em uma única faixa proporcionando ao ouvinte uma imersão profunda a atmosfera da banda. 

Com 2h10 de show, o Draconian proporcionou uma experiência poderosa aos fãs. Do início ao fim, a banda que mistura o gótico e doom cativou o público com suas belas melodias e vocais assustadores. A vocalista Lisa  Johansson  teve uma performance excelente e deixou todos maravilhados. Sua voz angelical e hipnotizante criou uma conexão imediata com os fãs. A banda toda foi impressionante, com uma presença de palco incrível.

A atmosfera que os suecos criaram, foi surreal. Os fãs tiveram uma noite inesquecível e o Draconian definitivamente fez uma apresentação que fez valer todos esses anos de espera.

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