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Peter Criss, Ace Frehley, Paul Stanley e Gene Simmons no começo do Kiss

Peter Criss, Ace Frehley, Paul Stanley e Gene Simmons no começo do Kiss. Crédito: Divulgação/A&E Brasil

Resenha: A montanha russa do Kiss, por Gene Simmons e Paul Stanley

No documentário ‘Kisstory’, Simmons e Stanley contam os altos e baixos da banda

Texto escrito por Nina Shimazumi

Neste final de semana o canal A&E transmitiu a estreia do documentário Kisstory no Brasil.

Kisstory, que foi dividido em duas partes, mostra a história do Kiss desde sua formação original até os dias de hoje, na The End of The Road Tour. Com quase 3 horas de duração, Gene Simmons e Paul Stanley falam abertamente seus pontos de vista sobre todos os fatos da banda ao decorrer dos anos.

O Kiss teve vários altos e baixos, como eles mesmos dizem no documentário: a carreira e a fama são como uma montanha russa; uma hora você é bajulado e se sente o centro do mundo, outra te esquecem ou te criticam no momento que você tenta se reinventar.

Ace Frehley e Peter Criss não quiseram participar e nem concordaram com a visão retratada sobre a banda no documentário. Porém, muitas entrevistas que eles deram foram usadas em diferentes momentos do longa.

Paul Stanley e Gene Simmons contaram suas histórias de vida antes do Kiss, o porquê se tornaram “The Starchild” e “The Demon” e sua forte ligação de irmãos – mesmo sendo entre tapas e beijos em uma longa briga de ego.

Como o próprio Simmons diz, algumas pessoas quando atingem a fama se afundam em drogas e álcool, pra ele foi o ego e a superioridade. Já Stanley, tinha sempre uma necessidade de se autoafirmar, e com alguns traumas da infância, sentia que estava na hora dele ter seu espaço e brilhar. E de fato, brilhou.

Entre idas e vindas de bateristas e guitarristas, Simmons e Stanley relembram no documentário suas inseguranças em seguir em frente com a banda principalmente depois da turnê de reunião com Peter Criss e Ace Frehley e até Eric Singer e Tommy Thayer assumirem de vez seus atuais lugares na banda.

Acredito que após todos esses anos, entre erros e acertos, o Kiss conseguiu se reinventar e se manter atual. A banda teve seus baixos, como na década de 80 com a era disco e glam, mas conseguiu criar uma marca forte e uma identidade própria. Só discordo com Stanley sobre as maquiagens criadas por Criss e Frehley, que foram baseadas em suas personalidades, serem usadas por Singer e Thayer. Na minha opinião, mesmo sendo uma marca do Kiss, e apesar de terem mudado quando Eric Carr e Vinnie Vincent perderam um pouco da identidade da banda, nada impede de criarem suas próprias identidades seguindo a marca Kiss.

Vale a pena conferir o Kisstory, não só pra ver registros da vida de Stanley e Simmons, mas também pra ver os bastidores, sentimentos e a história por trás de uma das maiores bandas do mundo. E também pra entender que o Kiss é uma banda pro povo, por isso foi tão aclamado pelo público, mesmo tendo sido tão criticada no começo. Após ter conquistado os fãs com seus shows fenomenais, foi criado o Kiss Army, um exército de fãs apaixonados, cujo amor é passado de geração a geração.

Eu tenho ingresso comprado pra The End of The Road Tour, apesar de não ser a formação original, estou bem ansiosa. Ainda mais porque nunca vi a banda ao vivo e sei que é um daqueles que será inesquecível. Afinal, I wanna rock and roll all night and party everyday. Quem de vocês também vai? Ao Kiss Army, vejo vocês lá!

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