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The Raven Age

The Raven Age. Créditos: John McMurtrie

“A única dificuldade são os preconceitos das pessoas”, diz filho de Steve Harris sobre a carreira ao lado do The Raven Age

Em visita ao Brasil, George Harris conversou com o Wikimetal sobre a banda The Raven Age

2019 colocou o The Raven Age em destaque como futuros heróis do metal britânico moderno após o lançamento do aclamado segundo álbum Conspiracy em março e uma turnê pela América do Norte e do Sul abrindo para o Iron Maiden em sua turnê Legacy of The Beast.

Conspiracy, que já ultrapassou mais de 5 milhões de streamings e marca uma nova era do The Raven Age, de nova vida e energia, contou com apoio fantástico das principais publicações de metal em todo o mundo.

O mais novo membro, o vocalista Matt James se firmou como parte da família ao lado do co-fundador George Harris (guitarra), Matt Cox (baixo), Jai Patel (bateria) e do novo guitarrista Tony Maue depois de receber elogios por suas poderosas habilidades vocais em Conspiracy, e no palco ao vivo.

Aproveitando a passagem pelo Brasil, George Harris, filho de Steve Harris, falou sobre a cena metal, o novo disco e a relação com o Iron Maiden:

– WM: Primeiro, gostaria que me contassem como surgiu a parceria entre George e Dan.

RA: Dan e eu nos conhecemos através de nossas namoradas, que são irmãs. (Dan agora está casado, então é a esposa dele). Quando nos conhecemos na casa deles, descobrimos que ambos tocávamos guitarra e gostávamos de músicas similares. Então decidimos marcar uma sessão de jam e foi muito bem. Tudo rolou a partir daí.

– WM: Como é para vocês serem tão próximos de uma das maiores bandas de metal da história, o Iron Maiden?

Nós aprendemos muito da banda que tem uma carreira incrível e ainda estão mais fortes do que nunca. É uma experiência impagável ver como tudo funciona.

– WM: Essa proximidade já trouxe algum tipo de dificuldade?

Acho que a única dificuldade são os preconceitos das pessoas. Algumas já formam uma opinião antes de ouvir a nossa música, o que eu acho realmente estúpido. Mas não faz diferença, porque fazemos isso por amor, não por causa de nossas conexões.

– WM: O seu primeiro EP foi lançado em 2014. Qual a diferença entre a produção deste e a do novo disco Conspiracy?

Bom, temos dois membros diferente na banda desde então, o que faz muita diferença. Particularmente nosso vocalista Matt James. O tom de sua voz é totalmente diferente de nosso antigo vocal, mas funciona maravilhosamente bem com o nosso som. Além disso, Tony Maue, nosso novo guitarrista, trouxe muito material. Nosso processo de escrita se expandiu e nosso estilo evoluiu.

– WM: Quais as inspirações para o novo álbum?

Principalmente as mudanças de membros, o que nos deixou muito mais unidos. Passar por um período sem nosso frontman foi bastante estressante. Quando nos juntamos com Matt James, a excitação passou e nos concentramos em criar música. Conspiracy foi o resultado disso e ficamos muito felizes.

– WM: Você pode me falar sobre o processo de Conspiracy?

Nós gravamos o álbum na ensolarada Essex, ao norte de Londres. Foi estranho o processo de escrita. Tínhamos escrito muito antes da mudança de membros. E então nos juntamos com os caras e nós desenvolvemos músicas para combinar com o novo vocal.

– WM: Eu vejo que a resposta quanto ao disco tem sido ótima. A opinião dos críticos importa para vocês?

É bom ver que o disco está sendo bem recebido e que os críticos gostaram. Mas, nós não vamos ao estúdio pensando em como podemos agradar as pessoas. Nós honestamente escrevemos o que queremos ouvir e aproveitar. Com sorte, parece que é o caso para muitas outras pessoas, também, o que é ótimo. Sendo uma banda nova, o “boca à boca” ajuda muito.

– WM: Como vocês descrevem o som de vocês e o que o faz especial?

Nos descrevemos como metal melódico. Temos uma mistura de metal moderno e clássico, o que acho que cria um som único. A melodia é muito importante para nós. Obviamente amamos som pesado, mas a melodia tem que vir junto e tocar a maior parte das faixas.

– WM: Como você vê a cena metal contemporânea?

Ao contrário do que algumas pessoas dizem hoje, eu acredito que continua prosperando. A cena metal, em geral, nunca irá morrer. Há muita gente que vive, come e respira metal. Há coisas maravilhosas surgindo e outras como Parkway Drive, Ghost e Gojira, que estão se tornando headliners de festivais. Isso mostra que as pessoas anda estão massivamente no metal.

– WM: Tem alguma banda com a qual você gostaria de colaborar?

Eu amaria fazer uma colaboração com Myrkur, ela tem uma voz incrível e acho que poderíamos criar algo realmente legal!

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