Na última sexta-feira, 7, a cantora Pitty lançou seu projeto colaborativo Casulo, inaugurando seu próprio selo.
Em entrevista para o Tenho Mais Discos Que Amigos!, Pitty falou sobre a realização do sonho de abrir sua própria produtora e a interação com o público através da Twitch durante a pandemia, permitindo que os fãs também ficassem por dentro do processo criativo da artista.
Durante a conversa, a cantora também criticou o modelo atual de mercado musical, muito focado em números, streams e visualizações. “Penso que o modelo atual, calcado em números, likes e fotos, sacrifica a arte e os criadores. Fica tudo vazio e baseado em ilusão,” reflete. “Nem todo mundo sabe, mas muitos números e charts e ‘posições’ são compradas. Ou seja, pra quem tem cacife, o jabá só mudou de lugar. É um engodo que se vê claramente na prática: às vezes a pessoa tem milhões de views, mas não enche uma casa pra 3 mil pessoas. Não segura uma hora e meia de palco num festival, porque não tem repertório. Não construiu base pra isso.”
Pitty ainda ressaltou que “a gente nunca pode se render a essa lógica de mercado que só visa o lucro imediato e suga os artistas até não ter mais nada”, mas também esclareceu que nada nesse modelo é novo ou inédito. “No meu primeiro disco eram outros agentes, a mesma lógica. Mas, segue sendo esse dilema,” conclui.
O EP Casulo chega com 4 faixas e uma gama extensa de colaborações que transitam por vários gêneros musicais como Drik Barbosa, BADSISTA, Jup do Bairro e muito mais.
LEIA TAMBÉM: Roqueiro pode ouvir funk? Influenciador viraliza ao defender que sim; assista