Phil Anselmo reclamou de um fã que levou uma bandeira confederada dos Estados Unidos para um show do Pantera na última sexta-feira, 26. Protagonista de um caso grave de racismo ao fazer uma saudação nazista no palco há alguns anos, o vocalista se posicionou contra o uso do símbolo na apresentação. 

De acordo com o Blabbermouth, a banda já estava na reta final do show na cidade de Sofia, na Bulgária, quando se dirigiu ao fã que supostamente usava a bandeira confederada estadunidense. “Tem uma pessoa ali segurando esse símbolo e tentando arruinar o show; Eu repudio, rejeito a porcaria da bandeira. Desculpe. É ridículo, cara. Mantenha política de fora das coisas, isso é um saco”, disse. 

Nos registros da fala de Anselmo disponíveis na internet, podemos ver ainda que o baixista Rex Brown também demonstrou insatisfação com o símbolo e fez um gesto de “negativo” para o fã em questão. Apesar disso, as imagens não mostram a pessoa na plateia.

Em janeiro deste ano, shows do Pantera na Alemanha foram cancelados nos festivais alemães simultâneos Rock Am Ring e Rock Im Park devido a saudação nazista feita por Anselmo em 2016. A banda remarcou shows solo na Alemanha alguns meses depois. 

Pantera e a bandeira confederada dos Estados Unidos

Pantera já fez uso da bandeira confederada como decoração de palco, inclusive em uma das guitarras do falecido guitarrista Dimebag Darrell. Merchandising oficial da banda com a bandeira foram comercializados até 2015, quando controvérsias resultaram na remoção dos itens da loja oficial, apesar de ainda ser fácil de encontrar o modelo “Hesher Dream” na internet. De acordo com a banda, a bandeira era usada por causa da influência de bandas do sul dos Estados Unidos, como Lynyrd Skynyrd, sem conotação racista. 

A polêmica confederada dos Estados Unidos é entendida como um símbolo de ódio por representar os Estados Confederados durante a Guerra Civil, que durou entre os anos de 1861 a 1865. Na época, a Confederação lutava contra a abolição da escravatura dos negros. 

Como aponta a BBC, a bandeira confederada dos EUA foi adotada por grupos de supremacia branca como o Ku Klux Klan e outros defensores da segregação racial no país.

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