Em 1975, na cidade de Londres, Steve Harris criou o Iron Maiden. Nesse mesmo período o gênero punk começou a surgir e a se popularizar no cenário britânico.

Logo de início, a banda teve de enfrentar diversos desafios para conseguir se destacar entre as outras bandas que estavam surgindo. 

Entretanto, a visão de Harris acabou moldando um estilo completamente único, o que veio a ser, pouco tempo depois, uma das bases do movimento musical intitulado como NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal). 

Nesse estilo um tanto quanto diferenciado, tivemos diversas bandas que o representaram muito bem na época como Judas Priest, Venom, Def Leppard, Saxon, Motörhead, Angel Witch, entre outros. 

No ano de 1979, com a entrada do vocalista Paul Di’Anno na banda, eles começaram a chamar ainda mais atenção, misturando a energia do punk da época, com a complexidade e linhas exóticas do heavy metal, elementos esses que conquistaram uma grande base de fãs completamente fiéis. 

Porém, a única coisa que eles realmente queriam do gênero punk era mesmo apenas a energia. No mês de outubro do mesmo ano, Geoff Barton, um jornalista da Classic Rock assistiu a um evento de heavy metal onde Iron Maiden tocou em Londres e conseguiu conversar com os integrantes da banda. 

Durante esse papo, Barton questionou Harris sobre o porquê ele havia formado uma banda de heavy metal em plena era do punk e da sua popularização. Harris o responde sucintamente: “Era algo que eu queria fazer. Eu não poderia ter começado uma banda punk… Isso seria contra a minha religião.” Steve Harris nunca se quer escondeu a sua aversão ao movimento punk.

No ano de 2012, em uma entrevista para o The Quietus, ele reforçou ainda mais essa sua postura ao afirmar que o Maiden não tinha nenhuma relação com o movimento punk. Ele disse “Eu não compartilhei com eles. Eu não compartilharia nada com eles porque eu os odiava! Eles estavam tirando os shows de nós.” 

Ele ainda continua: “Eles apareceram – os novatos que eram – e a maioria deles não sabia tocar seus instrumentos, o que era irritante. E a maioria deles estava conseguindo shows e publicidade e não nos deixando dar uma olhada.

Steve Harris ainda menciona que eles ainda tiveram a sorte de conseguir tocar em alguns lugares cativos, mas que foi muito difícil para eles. 

Ele finaliza: “Nós os odiávamos e odiávamos o que eles representavam. Não tínhamos nada em comum com eles.” Para Harris, o punk era apenas alguns garotos de origens boas, apenas falando besteiras e que não era nada parecido com os seus próprios valores. 

Além disso, Paul Di’Anno que era conhecido por sua personalidade bastante direta e carisma em cima do palco. Um dia ele fez, fez uma ótima comparação entre o Iron Maiden e o AC/DC, ao destacar para Barton a autenticidade e a simplicidade em comum que as bandas tinham.

“Eles são um grupo sem frescuras, que vai lá e simplesmente faz o que tem que fazer. Quero dizer, olhe para o Bon Scott. Não há muitos caras que lideram uma banda cheios de tatuagens, com uma barriga de cerveja, e ainda assim, ele faz isso funcionar. Como nós, eles são os pés no chão.

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Nascida em família apaixonada por músicas de diversos gêneros (mais precisamente moda de viola e Roberto Carlos), descobriu a vida boa do Rock And Roll aos 11 anos (era Emo, mas quem nunca?) através de amigos da escola, e desde então não parou mais. Hiperfocada (apenas em assuntos que gosta) descobriu gêneros não populares na época e se apegou a eles (sim, por aqui sou defensora de Metal Espadinha, Folk e Celtic). Envolvida com música nos bastidores e inclusive nos palcos, já até tocou Saxofone (para tocar Kenny G). Atualmente toca Piano e Baixo e defende com unhas e dentes que você pode sim ser metaleiro (qualquer um) e chorar com Corazón Partío. Formada em Mídias Sociais Digitais pela Belas Artes, é Gestora de Mídias Sociais em uma escola de música. Gosta tanto de escrever e defender suas opiniões que se tornou colaboradora do time de redação do site Wikimetal.