Papangu e Bad Bebop subiram ao palco do Basement Cultural, em Curitiba na última quarta-feira, dia 23 de outubro. Após os problemas para a realização do evento, finalmente chegou o tão esperado dia, nem a chuva fina atrapalhou os presentes no local. Havia muito merchandising de qualidade e interessantes.

Os músicos da banda estavam atendendo a todos, contando suas histórias e explicando a origem das artes de seus álbuns e das músicas, com destaque para seu disco Lampião Rei. Foi uma verdadeira aula de história, com muita simpatia e inteligência.

Bad Bebop com músicas autorais de respeito

A animação já começou com a primeira banda, os paranaenses da Bad Bebop, que agitaram o público do local com um metal forte e melódico ao mesmo tempo. Inclusive arriscando alguns riffs de um hard rock de quem fez a lição de casa. Sempre muito simpáticos e bem humorados.

A banda tocou suas músicas mais conhecidas, com destaque para a faixa “One Last Time”, presente em seu segundo álbum Last Call to Mars, lançado em agosto deste ano. A formação atual do grupo conta com José Trindade nos vocais, Roger Larsen, no baixo, Henrique Bertol na guitarra e Celso Costa na bateria.

Finalmente, após um show muito bom, que poderia ser mais longo, devido à qualidade da banda. Chega o intervalo para a troca de equipamentos. Nesse momento, o Basement cultural já estava com muitas pessoas apoiadoras do evento e fãs das bandas, deixando o local com mais público. Inclusive com a sensação de confraternização e parceria entre músicos e público.

‘Acende a Luz’ que lá vem o Papangu

Finalmente, chega a hora da banda progressiva mais surpreendente da atualidade subir ao palco, o Papangu, cujo nome foi inspirado em uma figura do folclore nordestino, que carrega em si elementos de mistério, humor e sátira.

Inclusive, todos os músicos simplesmente dominam seus instrumentos e tudo, literalmente, servem para fazerem suas músicas, pesadas com tons de MPB. Inclusive foram utilizados bonecos de plástico para imitar sons e complementar o clima das músicas.

O novo trabalho da Papangu mistura peso, baião, MPB, maracatu, jazz e influências de sintetizadores dos anos 70. O guitarrista Rodolfo e o baixista Pedro conduzem as músicas em direção ao jazz-rock, enquanto o baterista Vitor se destaca com uma performance única, combinando triângulo e bateria.

Os atuais integrantes do grupo são Hector Ruslan na guitarra e vocais, Marco Mayer no baixo, vocais, guitarra e sintetizador, Nichollas Jaques na bateria e Rai Accioly nas guitarra.

Ao executar a faixa “Bacia das Almas”, a banda, mais a vontade, dominou o local. A personalidade da banda com relação à musica, fica ainda mais evidente no palco intimista. O contato e energia entre músicos e público fica muito evidente. Cada música uma surpresa, muito jazz, rock, harmonia, peso e conteúdo das letras. São histórias com direito a interpretação e trilha sonora.

Seguem com algumas faixas do novo álbum Lampião Rei, com destaque para “Acende a Luz”, a excêntrica e pesada “Boitatá” e a sonoridade regional com jazz e muita percussão em “Maracutaia”. Em resumo, foi um show excepcional. A casa não foi totalmente preenchida, infelizmente. Porém, para os presentes, foi uma quarta-feira peculiar.

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Curitibana, frequentadora de shows de rock desde 1996, nacionais, internacionais e de bandas locais. Alguns registrados em minhas redes sociais, outros em ingressos físicos de uma época onde não existia QR Code. Apaixonada por rock e metal, livros, cinema, bons vinhos e amigos. Atualmente, engajada em conhecer e divulgar as bandas do metal brasileiro. Graduada em Design e Direito, pós graduada em Marketing e Sommelier.