Max Cavalera nem sempre contou com apoio familiar para seguir carreira no metal para além da parceria firmada com Iggor Cavalera ainda na adolescência. Os irmãos eram típicos jovens desajustados, no visual e no comportamento.
Antes de finalmente focar completamente na música, os dois foram expulsos de diversas escolas e sofreram com a pressão de parentes para se enquadrar nos padrões mais aceitos pela sociedade. Em uma ocasião, o jovem Max até chegou a cortar o cabelo comprido – mas apenas para se tornar mais metal ainda.
Em entrevista ao podcast Radioactive Mike Z, o músico contou o acordo inesperado com um primo para cortar o cabelo em troca de algo ainda mais valoroso. “Quando eu era moleque, eu tinha cabelo comprido e meu primo queria me endireitar, para me tornar um cidadão ‘normal’, então ele queria que eu cortasse o cabelo”, narrou (via Ultimate Guitar). “Ele disse que compraria qualquer disco que eu quisesse se eu cortasse meu cabelo, então escolhi Ride The Lightning”.
Certamente, o segundo álbum de estúdio do Metallica não ajudaria em nada na missão de tornar Cavalera um “cidadão normal” – pelo contrário, a banda teve grande influência nos primeiros álbuns do Sepultura. “Cortei meu cabelo, peguei o disco. O cabelo cresceria novamente e eu consegui um álbum maravilhoso… Sim, eu amo Metallica”, contou com bom humor.
Na mesma conversa, o brasileiro também revelou a primeira reação que teve ao escutar The Black Album pela primeira vez e comentou a controvérsia ao redor da mudança de direção sonora do grupo no disco. Leia aqui!
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