Depois de meses em aberto na Justiça, o processo envolvendo o Nirvana e Spencer Elden – conhecido por aparecer na capa do Nevermind aos 4 meses de idade – foi indeferido pela última vez.
Na última sexta-feira, 02, o juiz Fernando M. Olguin decidiu que Spencer Elden esperou tempo demais para dar entrada em seu processo. A decisão pôs um fim à disputa que já acontecia há cerca de um ano.
“Em resumo,” declarou o juiz Olguin, “Por ser incontestável que [Elden] não deu entrada em sua acusação dentro do período de 10 anos desde que ele descobriu a violação, a corte concluiu que seu apelo é inoportuno. Porque o demandante teve a oportunidade de reconhecer deficiências em sua acusação no que diz respeito ao estatuto de limitações, a corte acredita que seria fútil conceder ao demandante uma quarta oportunidade de registrar uma acusação alterada.”
Comentando o assunto, o advogado do Nirvana, Bert Deixler, disse à Reuters que eles estão “satisfeitos que esse caso sem mérito tenha se encerrado em uma conclusão rápida.”
Linha do tempo do processo Spencer Elden x Nirvana
Em agosto de 2021, Spencer Elden, mais conhecido por ser o famoso bebê que aparece nu na lendária capa do Nirvana, abriu um processo contra a banda alegando que a imagem se enquadra em um caso de “pornografia infantil” e “exploração sexual”.
Apesar das várias tentativas de adicionar provas ao processo, citando inclusive passagens do diário de Kurt Cobain, o caso foi indeferido pela primeira vez pelo juiz Fernando M. Olguin em janeiro, semanas após o Nirvana responder legalmente à Spencer, alegando que este teria “se beneficiado durante três décadas” de sua fama como bebê do Nevermind.
Na ocasião, Spencer recebeu um prazo concedido pela corte para que fizesse alterações em seu texto e apresentasse uma nova acusação, que foi indeferida pela terceira e última vez nesta sexta-feira.