Texto escrito pelo WikiBrother Gabriel Brandino, do @moshinhell
Uma das bandas que melhor conseguem expressar seus sentimentos em forma de música, é o Nightwish. E a música que vamos explicar o significado hoje consegue manifestar muito bem essa ideia, “Dead Boy’s Poem”.
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Assim como a grande maioria das canções da banda, ela foi escrita por Tuomas Holopainen. Tuomas é um músico genial, e várias de suas composições são inspiradas em sua própria vida e imaginação.
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Desde o início da carreira, a banda nunca gostou de explicar o significado de suas músicas, principalmente porque as letras podem ter várias interpretações. Porém, no documentário End of Innocense, Tuomas falou brevemente sobre essa canção, e disse: “Um dia eu percebi, e se eu morresse amanhã? Haveria tantas pessoas e coisas para eu falar. Então, eu fiz essa música, espero que essas pessoas consigam se reconhecer.”
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É como se a música fosse uma “carta”, escrita para seus entes queridos, seus amigos e também seus inimigos. Mas além disso, ele aproveita essa música para desabafar sobre sua vida, e sua infância…pois a música fala sobre um jovem que é mal compreendido.
“Surgido do silêncio, o silêncio cheio de si
Uma perfeita harmonia, meu amigo
Há tanto por viver, há tanto por morrer
Se ao menos meu coração tivesse um lar…”
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Ele nunca teve ninguém próximo ou com quem pudesse conversar, e sua música é onde ele pode colocar seus sentimentos. Sua música lhe dá o impulso para continuar vivendo e ele coloca tudo nisso.
“Cante o que não puder dizer
Esqueça o que não puder tocar
Precipite-se em afundar em belos olhos
Caminhe pela minha poesia, este réquiem
Minha carta de amor a ninguém.”
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A próxima estrofe é bastante marcante, e é provavelmente um dos momentos mais autobiograficos da canção:
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“Se por ventura chegar a ler estas linhas, lembre-se não das mãos que as escreveu, lembre-se apenas do verso, o choro de um escritor, um choro sem lagrimas […]
O conforto de casa, o colo da mãe, a chance para a imortalidade.
Onde ser querido virou uma sensação a qual nunca conheci…o doce piano descrevendo minha vida”.
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E aqui uma teoria bastante plausível, muitos fãs acreditam que essa próxima estrofe possa ser para Tarja Turunen, antiga vocalista da banda, e possível eterna paixão de Tuomas.
“Ensine-me o que é paixão, pois temo que esta já esteja extinta
Me mostre o amor, me proteja da dor
Ha muito mais que eu gostaria de oferecer aqueles que me amam
Me desculpe
O tempo dirá este cruel adeus
Eu não mais vivo para envergonhar, nem a mim e nem a você.
E você…Gostaria eu de não sentir mais nada por você…”
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Então ele termina a canção com uma estrofe fazendo referência ao oceano, algo bastante comum em suas composições.
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“Uma alma solitária…
Uma alma oceânica…”