Myles Kennedy se tornou conhecido mundialmente como vocalista do Alter Bridge. Atualmente com o segundo álbum solo recém-lançado e uma década de parceria com Slash e The Conspirators, o músico relembrou o início da sua banda principal em recente entrevista.
A oportunidade surgiu pouco tempo após a primeira separação do Creed, em 2004. Sem Scott Stapp nos vocais, Mark Tremonti, Brian Marshall e Scott “Flip” Phillips procuravam uma voz para um novo projeto. Quando recebeu o convite de Tremonti, Kennedy não conhecia bem os caras da banda. A única relação que tiveram foi durante uma turnê, em 1998, quando The Mayfield Four, a primeira banda do cantor e músico, abriu shows para Creed por cerca de um mês. “Mas não éramos realmente tão próximos, eu não conhecia nenhum dos caras tão bem. Tive uma breve interação com o baterista, ‘Flip’, e com Mark (…) [quando] nos trombamos na lanchonete do Hard Rock Hotel, e foi só isso”, contou ao programa Long Distance (via Ultimate Guitar).
A primeira conversa sobre o projeto aconteceu ainda em 2003, um ano antes do anúncio oficial da separação do Creed. “Ele entrou em contato e perguntou se eu estaria interessado em possivelmente fazer algo, e eu fiquei realmente surpreso, bastante chocado”, confessa Kennedy. “Estou realmente surpreso por nossa trajetória, e acho que eles provavelmente diriam a mesma coisa, porque é a indústria musical e suas chances de estabelecer uma nova marca (…) são muito pequenas, então tem sido uma jornada incrível”.
Para Kennedy, o sucesso do Alter Bridge apesar das condições adversas do modelo de negócios está na forma de trabalho da banda. “Eu acho que muito disso, para nós, a razão de termos esse luxo é que levamos a composição a sério. Para nós, é sobre as músicas, nunca tivemos um truque, não tem algo [lançado] onde nenhum de nós está de verdade”, explicou. “Nos concentramos nas músicas, é sobre as músicas, e amamos muito essa arte de compor. E eu acho que talvez seja isso que nos ajudou a encontrar nosso lugar, e Mark e eu sempre concordamos desde o início, era sobre aquele equilíbrio da melodia, um certo conceito com riffs, tentar equilibrar isso em conjunto com uma narrativa que toca pessoas e seja relacionável”.
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