O baixista e fundador do Mötley Crüe, Nikki Sixx, comentou outra vez sobre a decisão do grupo de substituir Mick Mars, guitarrista original da banda, por John 5, ex-guitarrista de Marilyn Manson. Em entrevista recente para a revista britânica Classic Rock (via Guitar.com), Sixx afirmou que apesar da decisão ser difícil, ele acredita que a banda tomou a decisão correta.
O músico comentou sobre o estado de saúde de Mick Mars e as atividades da banda antes de sua saída. “Estava ficando cada vez mais difícil fazer qualquer coisa com Mick por causa de seus problemas de memória e suas doenças físicas. E temos muita empatia por isso”, disse. Em seguida, continuou: “Quando Mick deixou a banda, tivemos que fazer uma escolha. E fizemos a escolha certa com John. Desejamos a Mick nada além do melhor”.
Sixx deixou claro que a escolha foi “uma decisão autossuficiente”, pensando na continuidade da banda e dos projetos que estavam em andamento. Entretanto, disse que a escolha, apesar de certa, não era “divertida”, principalmente com os fãs “acreditando que fizemos algo que não fizemos”, completou.
Durante a entrevista, Sixx também abordou a influência de John 5 no grupo e tranquilizou os fãs afirmando que isso não é um problema. “Eu administro essa banda com punho de ferro e ninguém pode entrar e mexer com a nossa banda, legalmente, em termos de marketing”, disse.
Saída de Mick Mars do Mötley Crüe
Robert Alan Deal — nome verdadeiro de Mick Mars — é um dos membros originais do Mötley Crüe e esteve presente desde a fundação da banda em 1981. Foi responsável pela coautoria de clássicos como “Dr. Feelgood” e “Girls, Girls, Girls”, além de ser o guitarrista principal nas turnês do grupo.
Apesar de incomodar muitos fãs, a saída de Mick Mars da banda aconteceu em razão de suas condições de saúde. Diagnosticado com espondilite anquilosante, doença inflamatória crônica que afeta a coluna e articulações no corpo, o guitarrista se apresentava com dores durante suas últimas turnês.
Em 2022, aos 71 anos, Mars anunciou sua aposentadoria dos palcos, mas declarou que estava aberto para gravações de estúdio com o Mötley Crüe. Entretanto, em abril do ano seguinte, o guitarrista processou a banda por motivos financeiros alegando que, após o anúncio de sua aposentadoria, tentaram retirá-lo da banda como um acionista significativo, o que o faria receber apenas 5% dos royalties da turnê.
Em janeiro deste ano, um juiz do Tribunal Superior de Los Angeles declarou o fim da batalha judicial com decisão favorável a Mick Mars. Segundo apuração da revista Rolling Stone, o magistrado entendeu que a falta de transparência com o guitarrista, o obrigou a entrar com o processo. Também foi destacado que a equipe jurídica da banda demorou quase oito meses para entregar os documentos ao advogado de Mars. Segundo o advogado, uma arbitragem privada iria resolver o foco do problema.
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