Em 30 de novembro de 2024, 4 bandas se reuniram no Allianz Parque, em performances repletas de vida e presença inegável, com músicas pesadas e que empolgaram os fãs.
The Plot In You, Spiritbox, Motionless In White e o mais aguardado da ocasião, Bring Me The Horizon, estiveram em São Paulo, mais especificamente, no Allianz Parque, durante o último sábado.
The Plot In You
Responsáveis por iniciarem a tarde, The Plot In You realizou um show curto, marcado pela velocidade e melodia, com linhas de bateria pulsantes e vocais presentes.
O vocalista Landon Tawers é definitivamente um destaque. Alternando partes mais limpas e claras, com gritos rasgados, ele executa um ótimo trabalho. Isso fica evidente em faixas como “Divide” e “Pretend”, a última, com partes em que o músico controla bastante sua voz.
Em comparação, durante alguns trechos de “Paradigm” e “THE ONE YOU LOVED”, ela parecia quase quebrar.
Outro grande momento por parte da banda, foi durante a performance de “Forgotten”, quando todos pareciam bastante integrados, tocando e funcionando muito bem. A música ganhou até um crowdsurfing por parte de um fã na plateia.
Com a saideira “FEEL NOTHING” e garantindo uma apresentação regada a emoção e agradecimentos, o show de The Plot In You empolgou o público, que engajava com a banda, em especial, durante as músicas mais conhecidas, sendo uma excelente forma de se iniciar o evento.
Spiritbox
A segunda banda a se apresentar foi o Spiritbox. O grupo seguiu na mesma boa linha que seu antecessor e já conquistou o público logo de início.
“Jaded” foi uma amostra do que a vocalista Courtney LaPlante consegue fazer. Com uma bela e melódica voz, a faixa também contempla um cativante riff de guitarra, que só complementa o restante da música, tornando-a excelente de se escutar ao vivo.
Ao falar sobre Spiritbox, é impossível não destacar LaPlante. Sua presença de palco impressiona e sua voz, que exala potência, é motivo de diferencial da banda.
“Angel Eyes” e “Soft Spine” demonstram isso, quando ela, verdadeiramente, canta com toda sua força.
Apesar de toda a banda se destacar e possuir excelentes momentos, cabe aqui uma nota ao baterista Zeca Rose, responsável por guiar a banda, acelerar quando necessário e manter um ritmo suave, mas ainda assim, presente, quando necessário.
Talvez um dos melhores momentos do show tenha sido a performance de “Hurt You”. A boa alternância entre a suavidade e a força é algo que agrada e demonstra, mais uma vez, a habilidade da vocalista em fazer trocas rápidas na hora de cantar.
O público uniu-se ao Spiritbox e deu um verdadeiro show em “Circle With Me”, quando os fãs cantaram junto à banda, em uma combinação de potência e emoção.
E isso pode definir perfeitamente o que foi o show do grupo em São Paulo. Uma mistura de velocidade e presença, e ao mesmo tempo, bastante conexão com os fãs.
Motionless In White
Motionless In White deu início a sua performance em uma São Paulo já anoitecida, às 19:20, recebidos com muita empolgação, lanternas acesas e celulares a postos.
“Meltdown” foi a responsável por dar início ao setlist, e um spoiler do que viria a ser a apresentação do grupo.
A química que a banda possui é quase palpável, e músicas como “Sign Of Life” provam muito bem isso.
A voz de Chris Motionless soa cristalina, de maneira impecável e sem erros, assim como em “Thoughts & Prayers”, que traz o vocalista mais uma vez em destaque, em uma faixa rápida e pesada.
A performance de Motionless In White seguiu nessa linha. Músicas intensas e que eram capazes de cativar o público presente.
Até mesmo em baladas, como a emocionante “Masterpiece”, a banda conseguia manter bastante poder e presença inegável.
Diversas faixas – a exemplo de “Slaughterhouse” – empolgaram muito os fãs, que cantavam junto a banda. A supracitada, em especial, evocou comemorações assim que foi anunciada.
“Werewolf” e “Abigail” foram boas escolhas na setlist e que, assim como as outras, foram excelentemente apresentadas, com a bateria pulsante.
O Motionless In White manteve o público atento e presente durante todo o seu show e isso ficou bastante evidente em “Reincarnate”, quando o vocalista pediu para que os fãs pulassem – e os mesmos o fizeram sem questionar. Outro momento semelhante foi durante a performance de “Another Life”, que iluminou o Allianz Parque.
A versão cover de “Somebody Told Me” foi a responsável por fazer a audiência dançar. Até mesmo aqueles que não conhecem o Motionless In White tendem a conhecer um clássico como este, e a versão que a banda fez empolga muito mais que a original.
Candidato fortíssimo a melhor show da noite, o Motionless In White foi capaz de misturar interação, ótima escolha de setlist e técnica para executar as músicas, tornando o retorno tão aguardado da banda uma ocasião memorável.
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