Michael Schenker passou por períodos obscuros ao lidar com o vício em drogas. Apesar de ser um guitarrista admirável, o abuso de substâncias químicas e estado mental debilitado encerrou oportunidades para o músico – e quase resultou em um incidente fatal, como conta o produtor Ric Browde.
Conhecido pelo trabalho ao lado de Ted Nugent e outros artistas, Browde contou sobre o período que trabalhou com o Michael Schenker Group. “Eu fiz um álbum abortado em 1983, logo após os três primeiros álbuns”, contou ao Full in Bloom (via Ultimate Guitar). “E fui para Inglaterra e Michael está mais do que ferrado, apenas ridículo. Fizemos três músicas”.
O produtor relata que outros integrantes da banda, como o vocalista Ray Kennedy, também enfrentavam dificuldades com o vício em drogas, alguns até vendendo os próprios instrumentos para financiar as substâncias. Schenker “tinha um problema ruim com cocaína” e ameaçou o empresário David Krebs quando ficou sem suprimento. “Ele ligou e disse, ‘Se você não conseguir cocaína para mim hoje a noite’ – ele deu um prazo de três ou quatro horas – ‘Eu vou queimar minha casa!”
A princípio, Browde achou que o inglês do guitarrista não fosse bom, mas não era o caso. “Eu falei, ‘Michael, não acha que seria uma ameaça melhor se você incendiasse a casa dele e não a sua?’, e ele responde, ‘Não, isso seria desonroso. Ele não me levaria a sério, não me respeitaria se eu queimasse a casa dele’”.
Sem acreditar nas ameaças, o produtor voltou para o hotel. No meio da noite, recebeu uma ligação dos bombeiros locais. “Estamos com Michael Schenker em custódia, ele incendiou a casa dele com a esposa e a criança dentro. Eles estão bem, não se preoocupe”, informou o oficial. Após o incidente, Browde abandonou o projeto.
Naquele ano, o MSG lançou o álbum Built to Destroy, o último de estúdio antes da primeira separação da banda. A produção ficou por conta dos próprios integrantes ao lado de Louis Austin.
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