“Enter Sandman” se tornou não só uma das maiores músicas do Metallica, mas também uma das maiores músicas do metal. Mas você sabia que James Hetfield não estava muito empolgado com ela no início?

Em uma entrevista Masterclass, o vocalista explica que não achava “Enter Sandman” uma faixa “tão boa assim” quando ela começou a ser feita. É claro, aquela versão inicial era muito diferente da que virou um sucesso e que hoje todos conhecemos.

De acordo com Hetfield, foram Lars Ulrich e o produtor Bob Rock que o convenceram a insistir na música até ficar satisfeito. “Eles disseram ‘Volta [naquela faixa]. Eu te desafio a voltar e trabalhar nela’. E foi o que eu fiz”, conta.

Foi dessa insistência que surgiu a famosa frase da música, “We’re off to never, neverland”. James Hetfield explica a intenção por trás da letra: “O que acontece quando nós dormimos? Por que temos pesadelos? Muita gente consegue se identificar com isso, todos nós temos pesadelos. O que você faz com eles? Por que eles aparecem?”

James Hetfield também teve dúvidas sobre “Nothing Else Matters”

“Enter Sandman” não foi a única música do Black Album (1991) que deixou James Hetfield com a pulga atrás da orelha.

Em entrevista de 2021 para a Classic Rock, o vocalista revelou que se sentiu “inseguro” ao mostrar a música para os colegas de banda pela primeira vez porque acha que o teor sentimentalista da canção era um “sinal de fraqueza”.

“Por que será que eu não queria escrever uma canção de amor?” refletiu. “Isso é fácil, é porque é um grande sinal de fraqueza. ‘Você está no Metallica. Isso é hardcore. Que porra você está fazendo?’”

Apesar de “Nothing Else Matters” ter se tornado um dos grandes sucessos do Metallica e também um grande clássico atemporal, James Hetfield não estava totalmente errado em temer a reação dos colegas. Kirk Hammett mesmo admitiu que seu primeiro contato com a canção não deixou a melhor das impressões:

“Na época, tudo que eu conseguia pensar era ‘O James escreveu a porra de uma música de amor pra namorada dele? Que esquisito”, conta. Hoje em dia, o guitarrista olha para a atitude do vocalista com admiração: “O James sempre quis ser visto como o cara que é super forte e confiante, então escrever uma letra assim – que mostra um lado sensível – exigiu muita coragem.”

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