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Max Cavalera e Jair Bolsonaro

Max Cavalera e Jair Bolsonaro. Crédito: Divulgação

Max Cavalera fala sobre Jair Bolsonaro: “Ele tem orgulho de matar pessoas”

Em entrevista inédita, o artista desabafa sobre cenário atual político do Brasil e compara Bolsonaro a Donald Trump

Apesar de morar nos Estados Unidos desde 1992, Max Cavalera sempre está em contato com a realidade de seu país natal. E em uma entrevista recente a Landry.audio, compartilhou suas opiniões a respeito da situação política do Brasil sob o governo do atual Presidente, Jair Bolsonaro, e não poupou críticas ao político.

“Eu acompanho muito, sempre que posso, artistas brasileiros em podcasts e coisas assim, e foi realmente chocante ouví-los dizer que no Brasil há famílias que estão sendo divididas por causa desse cara. Porque metade da família gosta ele, a outra metade não gosta dele, eles se dividem, não se falam”, Max relata.

“Eu sou o primeiro a dizer, isso eu sei com certeza, que quase todo mundo que chega ao poder no Brasil vai imediatamente para a corrupção”, ele afirma. “É quase como se fosse um vírus; é como uma doença; é como uma doença de Presidente. O Brasil não pode ter um presidente bom, ele até pode tentar [ser]; mas não consegue. Mas parece que esse cara é pior ainda. Porque ele é meio como [Donald] Trump, ele abraça as coisas negativas com orgulho – [ele] tem orgulho de matar pessoas, [ele] tem orgulho de destruir os índios. É meio assustador porque ele tem orgulho dessas coisas.

“Para mim, não conheço nenhum político. Nunca conheci nenhum político. Não quero conhecer nenhum político. Na minha opinião, todos são canalhas”, Cavalera afirma. “Nenhum deles realmente quer ajudar. Não é apenas o cara; é o sistema por trás do cara que vai com o cara. É uma pena que ele esteja dividindo famílias e causando tantos danos, assim como Trump causou tantos danos aqui [nos EUA].”

“Eu cantei isso [no álbum do Soufly] Primitive, de 2002, ‘De volta ao primitivo. Fodam-se todos os políticos.’ E eu estava me referindo a toda a política, [incluindo] a política da música. Eu realmente acho que é uma carreira em que você quase nunca cuida das pessoas. Você tem corrupção, e você começa a se corromper e pode ficar rico com isso, e você só faz pra si mesmo e pronto, cara. E enquanto isso, todos os pobres ainda estão morrendo, os problemas nunca se resolvem (…) Dizem que o Brasil vai ser um grande país daqui a trezentos anos. Eu renascerei e irei nascer trezentos anos a partir de agora. Estarei em um bom lugar. [Risos]”, finaliza.

Assista abaixo a entrevista completa:

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