Iggor Cavalera reuniu quase toda formação inicial do Sepultura para revisitar “Antichrist” no começo de junho – e Max Cavalera ficou emocionado com o resultado final.
Com exceção apenas do baixista Paulo Jr, Max e Jairo Guedz se reuniram para gravar a faixa, lançada no EP Bestial Devastation, primeiro da banda, na série Beneath the Drums, na qual o baterista passeia pelos bastidores de clássicos da carreira e comentou o cenário “precário” no qual a faixa foi composta, sem equipamentos adequados.
A falta de recursos tecnológicos na produção do EP impactou na sonoridade, mas não na potência do material. “Quando vi, arrepiou o cabelo”, contou Max em entrevista ao quadro The Wikimetal Happy Hour. “Ficou uma sonzeira, ficou bom o som. Você vê que esses sons antigos são bons para caralho, às vezes a gente não valoriza muito por causa da qualidade, é muito podre. As gravações dos anos 1980 da Cogumelo [Records], os estúdios pareciam uma nave espacial para a gente”.
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O cantor e guitarrista ainda compartilhou uma lembrança da época das gravações do álbum Morbid Visions (1986) no estúdio Vice Versa, em São Paulo. “O engenheiro de som queria que eu desligasse a distorção e usasse a guitarra limpa. E eu tentando explicar para o cara o som”, narrou. “Eu lembro eu e o Iggor, e ele falou, ‘Como você quer o som da bateria?’”.
A resposta de Iggor deixou o engenheiro confuso. “‘Acho que seria legal se o som da bateria fosse igual um prédio implodindo’ e o cara olhou com uma cara…”, continuou Max. “Essas loucuras de adolescente, mas é legal ver que tem muito valor nesses sons e a prova é o vídeo do ‘Antichrist’, aquela sonzeira com as guitarras novas em cima. Dá até vontade de regravar essas p****, viu velho? Fazer de novo seria muito legal”.
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