No último domingo, 23, a primeira parte do documentário Phoenix Rising teve sua estreia no Festival Sundance de Cinema. O longa conta a história de vida da atriz Evan Rachel Wood e revela novos detalhes sobre os abusos sofridos por ela durante seu relacionamento com Brian Warner, mais conhecido como Marilyn Manson.
Rachel Wood esteve com Manson entre 2006 e 2011. Os dois se conheceram quando ela tinha acabado de completar 18 anos, enquanto o músico já tinha 38. Segundo depoimento da atriz no documentário, o início dos abusos cometidos por Marilyn Manson teria sido a gravação do videoclipe de “Heart-Shaped Glasses”, em 2007.
Nas palavras de Evan Rachel Wood, ela foi “coagida a um ato de sexo comercial sob falsos pretextos” e violentada por Manson em frente às câmeras. “Não foi nada do que eu pensei que seria,” conta a atriz no filme. “Estávamos fazendo coisas que não tinham sido passadas para mim. Tínhamos conversado sobre uma cena de simulação de sexo, mas quando as câmeras foram ligadas, ele começou a me penetrar de verdade. Eu não tinha concordado com isso.”
“Foi um caos completo,” continua. “Eu não me senti segura. Ninguém estava me protegendo. Filmar o vídeo foi uma experiência muito traumática. Eu me senti nojenta e como se tivesse feito algo vergonhoso e eu conseguia ver que a equipe estava desconfortável e ninguém sabia o que fazer.” A atriz marca o episódio traumático como “o primeiro crime” a ser cometido contra ela. “Eu fui essencialmente estuprada na frente das câmeras,” diz.
Evan Rachel Wood também esclareceu o motivo por ter dito na imprensa que as cenas de sexo não eram reais na época do lançamento do videoclipe. Segundo a atriz, Marilyn Manson teria sido “bastante claro” em relação a como ela deveria descrever a experiência para a mídia.
“Eu deveria dizer às pessoas que nós nos divertimos muito e tivemos um momento romântico e nada disso era verdade,” revela. “Mas eu tinha medo de fazer algo que fosse chatear o Brian de alguma forma. O vídeo foi só o começo da violência que continuaria a escalar durante o curso do nosso relacionamento.”
Em fevereiro de 2021, Evan Rachel Wood nomeou Brian Warner como seu abusador e detalhou uma série de violências físicas, sexuais e psicológicas que o músico teria cometido contra ela. Desde o seu relato, uma série de outras vítimas relatou situações de abuso semelhantes, também cometidos por Brian.
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