Apesar das múltiplas acusações de violência física e sexual, abuso psicológico e até tráfico humano que correm na justiça, Marilyn Manson foi um dos nomes que entraram para a lista de indicados ao Grammy Awards 2022 por sua participação no álbum Donda, de Kanye West, que está concorrendo na categoria “Álbum do Ano”.

Em uma nova entrevista ao The Wrap, o CEO da premiação, Harvey Mason Jr. disse que a Academia não leva em conta “o histórico das pessoas” ao examinar o trabalho que está sendo submetido, mas que a presença física de determinados artistas no evento pode ser controlada.

Outras figuras controversas também receberam indicações ao Grammys 2022, como o rapper DaBaby, que recentemente fez comentários de cunho misógino e homofóbico, e os comediantes Louis CK, que admitiu ter se masturbado na frente de mulheres sem consentimento, e Dave Chapelle, que foi criticado por comentários transfóbicos em seu especial para a Netflix.

“Nós não vamos restringir as pessoas que podem submeter seu material para consideração,” disse Harvey. “Não vamos olhar o histórico das pessoas, não vamos checar seu histórico criminal, não vamos analisar nada além da legalidade das nossas regras sobre a elegibilidade do projeto baseada na data e em outros critérios. Se for, o material pode ser enviado para consideração.”

“O que nós vamos controlar são nossos palcos, shows, eventos e tapetes vermelhos,” continuou. “Vamos dar uma olhada em quem está pedindo para ser parte disso, para participar em pessoa, e vamos tomar nossa decisão. Mas não iremos proibir as pessoas de enviarem seus trabalhos para que sejam votados.”

Recentemente, a Rolling Stone publicou uma longa reportagem com 55 fontes entrevistadas descrevendo Marilyn Manson como um abusador em série e detalhando uma série de acusações contra o cantor, incluindo as de racismo e abuso de poder.

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