Marilyn Manson é citado em um novo processo, dessa vez envolvendo acusações de agressão sexual contra uma menor de idade.
Manson – cujo nome de registro é Brian Warner – já tinha sido alvo de múltiplos processos nos últimos anos envolvendo acusações de agressão sexual, tortura e violência física e psicológica.
De acordo com a Rolling Stone, a autora do novo processo, que hoje é adulta, usou o termo “Jane Doe”, que protege sua identidade, para assiná-lo de forma anônima. Ela também cita as gravadoras Nothing Records e Interscope, acusando-as de negligência e inflição intencional de sofrimento emocional.
O relato é bastante longo. A autora alega ter conhecido Marilyn Manson em 1995, depois de um show em Dallas, quando tinha 16 anos. Após o show, ela teria sido convidada para o ônibus do cantor, que teria perguntado sua idade, série escolar, endereço de casa e número de telefone.
A acusação do processo declara: “Enquanto estava no ônibus da turnê, o réu Warner performou vários atos de conduta sexual criminosa contra a demandante, que era virgem na época, incluindo, mas não apenas, coito forçado e penetração vaginal.” Na época do suposto crime e até hoje a idade mínima referente a sexo consensual no estado do Texas é de 17 anos.
Após o episódio, Manson teria rido da demandante e expulsado-a de seu ônibus, ameaçando matar “a ela e sua família”, caso ela contasse o ocorrido a alguém. Um membro de sua equipe teria entregado um número de telefone à jovem junto com uma senha, caso ela quisesse se encontrar com Manson novamente. A demandante teria, então, começado a usar drogas e consumir álcool depois do ocorrido, e alega que Manson se comunicava com ela e pedia por fotos explícitas suas e de suas amigas.
O cantor teria então convencido a jovem, que ainda tinha 16 anos, a se encontrar com ele em Nova Orleans, onde ele teria sexualmente abusado dela novamente, mas se comportado de maneira mais amigável depois dos atos, dizendo que gostaria de vê-la novamente. A idade mínima para sexo consensual em Nova Orleans também era, e ainda é, de 17 anos.
Quando completou 18 anos, a demandante teria se mudado para Los Angeles a pedido de seu namorado na época, o baterista Chris Vrenna, do Nine Inch Nails. Ela teria ido a outros dois shows de Marilyn Manson em Dallas e Nova Orleans e depois disso passado quatro semanas em turnê com o músico e sua banda, usando drogas e sendo “aliciada, assediada e sexualmente abusada” por ele.
A jovem alega que durante esse período, Manson teria adquirido certo controle psicológico sobre ela, que tinha compartilhado algumas vulnerabilidades contra o cantor, que usava essas informações como forma de controle e exploração. Ela também alega que ao longo da turnê, Marilyn Manson teria a convencido a “fazer sexo com ele e outros integrantes da banda ou seu/sua assistente ao mesmo tempo”.
Além das acusações de violência sexual, a demandante também alega ter sofrido psicologicamente através da “manipulação emocional” cometida por Manson, que incluia “comportamento hostil e verbalmente abusivo”. Ela também acusa as gravadoras Nothing Records e Interscope de estarem “muito cientes da obsessão do réu Warner com violência sexual e abuso sexual infantil”, além de saberem do comportamento predatório do cantor com menores de idade e “ajudarem e serem cúmplices de tal comportamento”.
A demandante tem a intenção de que os danos sejam determinados através de um julgamento, além de “uma ordem proibindo os réus de futuras práticas ilícitas de trabalho, incluindo, mas não apenas isso, a exposição de menores e adultos vulneráveis ao abuso sexual e exploração.”
Marilyn Manson e Esmé Bianco chegam a um acordo judicial
Em 2021, a atriz Esmé Bianco, conhecida por sua participação na série da HBO Game of Thrones, processou Brian Warner com alegações de abuso sexual e físico e tráfico humano.
No último mês, ambas as partes optaram por encerrar o processo com um acordo, cujos termos ainda não são de conhecimento público. De acordo com comunicado do advogado da atriz, Jay Ellwanger, fornecido para a NME, Esmé teria “concordado em resolver suas alegações contra Brian Warner e Marilyn Manson Records, Inc. em prol de seguir em frente com sua vida e carreira.”
No início de janeiro, a atriz declarou que depois de tornar públicas suas acusações contra Marilyn Manson, o cantor teria sabotado potenciais oportunidades de trabalho dela de propósito. Como exemplo, Esmé Bianco citou um ocorrido em que Manson teria entrado em contato com um integrante do Deftones para “confrontá-lo” sobre a decisão da banda de usar uma foto de Bianco na arte de sua próxima turnê.
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