Marcelo Barbosa, do Angra, explicou o motivo para o alto nível de exigência por parte dos fãs da banda.
Durante conversa no Podcast Flow, com transcrição do Wikimetal, o guitarrista apresentou uma teoria para a chatice do público diante de mudanças, como quando um músico decide fazer um solo um pouco diferente da versão de estúdio e é acusado de “errar” a execução da música, mesmo que não seja o caso.
“Eu penso que a motivação é um pouco mais maldosa. Na verdade, o fã de metal é meio parecido com fãs de música clássica, só que sem o mesmo conhecimento – na maioria das vezes, claro que tem exceções. Ele quer ser o entendidão, que sabe tudo”, opinou. “Então essa acusação de ‘ele fez diferente’, é para ele uma prova de que ele conhece muito”.
Apesar de considerar essa postura peculiar, Barbosa entende a motivação por trás desse raciocínio. “É um jeito meio estranho de curtir música e curtir o som, mas acho que tem gente que se sente bem com isso”, continuou. “É que o metal tem vários nichos como um todo. Acho que a gente no Angra, o Dream Theater, essas bandas extremamente técnicas, estão no nicho mais exigente quanto a isso”.
Na visão de Marcelo Barbosa, a maioria dos fãs de Angra podem ser divididos em categorias: músicos com as próprias bandas, pessoas que gostariam de ter bandas ou aquelas com vontade de aprender algum instrumento musical.
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