Após dois anos de preparação, a segunda edição do Knotfest Brasil 2024 finalmente abriu suas portas para dois dias de shows marcantes – após ter sido adiada.

O primeiro dia de evento foi destinado a bandas mais veteranas e para todos os gostos do heavy metal, além da multidão ansiosa pelos idealizadores do festival, o Slipknot. O segundo dia de festival levou ao Allianz Parque no último domingo, 20, um público mais jovem e moderno, que estava ansioso para ver as bandas que são revelações no metal atual. Mas claro, a nostalgia também estava presente entre os que foram assistir a segunda apresentação do Slipknot, que apresentou o álbum de estreia na íntegra.

Novas gerações e veteranos no primeiro dia do Knotfest Brasil 2024

Assim como no sábado, domingo teve um gostinho de nostalgia, mas também foi marcado por shows de bandas que são revelação. A brasileira The Mönic abriu o palco MaggotStage, com seu som empoderado e cheio de críticas sociais, sendo uma das atrações mais esperada do Knotfest pelos leitores do Wikimetal, ao lado da Eskröta, que se apresentou no sábado.

Outra banda nacional que tocou neste palco, foi a paraibana Papangu, sendo um dos destaques do festival, com seu rock progressivo com tons de MPB e uma atração que raramente vemos em um festival desse porte. Os veteranos do Korzus marcaram presença no palco de bandas nacionais, com seu já conhecido e aclamado thrash metal.

Estreia de Poppy e Babymetal foram destaque no Knotfest Brasil 2024

Diferente do sábado, o domingo levou o público mais cedo ao festival, devido aos horários de apresentações que foram destaque e fizeram sua estreia no Brasil. Uma delas, Poppy, que mostrou o poder do seu metal moderno, cheio de breakdown e uma mistura curiosa entre vocais doces e angelicais com guturais. A cantora americana entregou um buffet de metal, mesclando o industrial, death, pop, metalcore e várias outras influências, e graças ao seu visual Kawaii, conquista um número grande de público jovem que faz a artista ganhar força. A apresentação foi calorosa, logo cedo, reunindo muitas pessoas que agitaram com mosh e os fãs de longa data que cantaram todas as músicas. 

Já o P.O.D. levou a turma veterana do new metal, que esperou quase 10 anos para rever a banda. Com show energético, a banda trouxe a nostalgia esperada, fechando com os maiores hits: “Youth of The Nation” e “Alive”, ambos do álbum Satellite de 2001. P.O.D. ainda tem duas apresentações pelo Brasil, que acontecem em Curitiba (Tork N’ Roll) e Rio de Janeiro (Sacadura 154), respectivamente nos dias 22 e 23 de outubro.

Babymetal também foi responsável por levar a multidão logo cedo para o estádio. O trio japonês formado por SU-METAL, MOAMETAL e MOMOMETAL, fez sua estreia no Brasil é reconhecido como uma das bandas de metal mais únicas e revigorantes do século XXI. Com quatro álbuns na carreira e uma série de performances ao vivo impressionantes, a banda apresentou um show curioso e impossível de colocar defeitos. Logo após o show do Korzus, o público gritava o nome Babymetal, provando que a apresentação foi uma das mais esperadas do festival. A banda correspondeu todas as expectativas, provando que o Kawaii Metal (ou o já conhecido J-Rock) segue em alta e sempre conquistando os mais jovens.

O trio se apresenta nesta segunda, 21, na Audio, em um show solo e que promete tanta emoção quanto o do Knotfest Brasil 2024. A banda de abertura será Seven Hours After Violet, que também se apresentou no Knotfest no domingo. Outra banda que estreia no Brasil, conhecida por ser do integrante do System Of a Down, o guitarrista Shavo Odadjian.

A energia e extravagancia do Rammstein continua viva com show de Till Lindemann

Till Lindemann, vocalista do Rammstein, escolheu o Knotfest para vir ao Brasil pela primeira vez em carreira solo. Como já era esperado, a apresentação foi um show de bizarrices e metal industrial, marcando o estilo ousado e provocador do artista. Acompanhado por sua banda de cinco integrantes, todos com o visual de couro e vinil em vermelho, Til lidera um espetáculo com performances que incluem rolar pelo palco, sensualizar, fazer gestos obscenos e derrubar equipamento, tudo isso com a palavra “Censored” piscando no telão – seria marketing ou realmente ele foi censurado pelo festival em mostrar certas imagens?

A energia e extravagância do Rammstein continua viva, o que agradou os fãs da banda que compareceram em peso para prestigiar o íconico (e ousado) Till Lindemann, que parece não ter sido afetado pelas recentes acusações de crime sexual. – que foram arquivadas devido falta de provas.

O palco MaggotStage ainda recebeu os dois últimos shows nacionais da noite. As duas bandas que vem ganhando destaque no Brasil e no mundo, provaram que merecem esse título. Ego Kill Talent entregou o show energético e cheio de potência vocal da Emily Barreto, que agitou o público do início ao fim. Já o Black Pantera subiu no palco do Knotfest pela segunda vez, e como de costume, entregam o show empoderado e digno de fechar o palco MaggotStage, com direito a sinalizador e muitas rodas entre o público.

Bad Omens entrega show de headliner

O público estava ansioso aguardando o Slipknot, com toda razão, mas foram surpreendidos pelo show do Bad Omens, que se apresentou antes. Considerado o show mais visual do Knotfest, a banda teve um palco simples, apenas com alguns totens estrategicamente posicionados mesclado com efeitos de luzes e fumaça, que junto ao instrumental pesado e potente, criaram um ambiente perfeito. Com isso, a banda conseguiu criar texturas, com imagens pensadas para cada canção, entre cenários urbanos com prédios, imagens de árvores e um jogo de luz perfeito.

Logo no início, o público foi surpreendido pela presença da Poppy, que subiu ao palco para cantar a canção “V.A.N”, lançada em parceria com Bad Omens. Outro fato que chama atenção é o visual dark da banda, com roupas totalmente pretas e acessórios detalhistas, além da química entre a banda inteira, que é incrível, e isso realmente transparece no show. O setlist formado por 15 canções foi muito bem escolhido, incluindo uma versão acústica do clássico “Just Pretend”, onde o estádio ficou iluminado com as luzes dos celulares. Bad Omens provou que é uma das maiores bandas da atualidade, entregando um conjunto perfeito entre música, visual e performance. A banda tem uma presença sobre eles e uma imagem misteriosa que nunca é realmente revelada, mesmo ao vivo, o que deixou o público curioso sobre a banda.

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