Confira mais um texto escrito por um de nossos WikiBrothers:

O KISS completa 40 anos em 2013. Desde então, tornou-se amado ou odiado na mesma medida. Mas a sua influência em uma geração de guitarristas de rock é imensa. Eles provaram ser, inúmeras vezes, mestres em marketing e auto-mitologia.”

Luiz Fernando Sousa Spósito

Sou fã do Kiss desde 1983, quando vieram ao Brasil pela primeira vez. Fiquei, como mostra no vídeo clipe da música, hipnotizado pela batida da bateria de I Love it Loud. Acabei virando fã por procurá-la em discos que não tinham nada a ver com aquela turnê da época. O irmão de um colega de turma tinha dois discos do Kiss – Hotter Than Hell e Love Gun. Consegui que ele me desse os dois discos apenas enchendo o tanque da moto dele.

Há algum tempo, li uma reportagem na internet de um colunista que adora atirar para tudo quanto é lado falando bem e mal dos discos e dos artistas no mercado. Fiquei chateado por não ter a minha opinião postada nos comentários da matéria, mas acho que ela procede e resolvi escrever este artigo para colocar aqui no site e saber da opinião de outros fãs do Kiss.

Na matéria ele mete o malho no Psycho Circus e enaltece o trabalho do Monster. E aí está toda a minha revolta.

Eu adoro, literalmente, todas as músicas de todos os discos – do Kiss ’74 ao Psycho Circus. Mas, vamos aos fatos. Essa história de tentar convencer de que as músicas são boas com frases colocadas em um artigo para tentar convencer os fãs de que o disco é bom não está com nada. Mas, já que gosto é subjetivo e é como o nariz – cada um tem o seu – vou emitir a minha opinião a respeito desses dois discos aqui.

Para início de conversa, o Psycho Circus não me deixou uma péssima lembrança, muito pelo contrário. Esse disco sim é um reencontro com os velhos fãs. Todas as músicas foram muito bem trabalhadas e tem um grau emocional muito grande. Eles conseguiram resumir nas letras a história da banda até aquele momento – ouça “We are one” e “You wanted the Best”. Você consegue sentir a naturalidade das músicas à medida que as ouve.

Já no Monster, a impressão que dá é que eles forçaram a barra para compor músicas para poderem lançar o disco. Quando o ouvi pela primeira vez, foi exatamente assim que eu o percebi. Não consegui ouvir o disco todo inteiro até hoje. Não me soa natural. Na verdade, a única música que gostei de cara foi “All for the Glory”, cantada pelo Eric Singer; e, mesmo assim, porque a ouvi em um site, separada das outras músicas que vêm antes dela. Aí pensei: se todas as músicas forem legais como essa aqui, o disco deve ser bom. Mas, que decepção.

O Ace Frehley escreveu uma coisa interessante na biografia dele – “No Regrets”. Ele disse que gosta de ter tempo para trabalhar suas letras e músicas, e que o Gene Simmons lhe disse que ele deveria forçar a escrita. Que ele, Simmons, escrevia, pelo menos, uma música por dia. Nesse disco, Monster, dá para perceber o resultado disso. Só a título de comparação, escutem o último disco do Ace – Anomaly (2009); ou então o disco solo do Paul Stanley – Live to Win (2011). Os dois soam muito mais parecidos com o Kiss do que o Monster.

Mas, eles já foram melhores em fazer músicas às pressas, como já contaram a correria que foi a gravação do Dressed to Kill (1975), quando tiveram que arrumar as músicas sabe-se lá de onde para completar o disco. E compuseram grandes clássicos, como: She, Rock Bottom, Come’on and Love Me e Rock and Roll All Night. O mais engraçado é que o Gene Simmons disse que demorou quase seis meses para compor Calling Dr. Love… tá… compôs Rock and Roll All Night, segundo ele, em 20 minutos… com o Paul Stanley.

Sei que isso tudo aqui é uma opinião pessoal e que não vou conseguir agradar a gregos e troianos. Mas e aí, o que vocês acharam desses dois discos dos Kiss – Psycho Circus e Monster?

40 Fatos Interessantes sobre o KISS!*

*O texto abaixo é uma tradução de um texto publicado por Michael Leonard, em Janeiro, 2013. O texto original pode ser encontrado no site da Gibson.

O KISS completa 40 anos em 2013. Eles fizeram o seu primeiro show em janeiro de 1973 no bairro Queens em Nova York. Desde então, o KISS tornou-se amado ou odiado na mesma medida. Mas, a sua influência em uma geração de guitarristas de rock é imensa. Eles provaram ser, inúmeras vezes, mestres em marketing e auto-mitologia.

A seguir, alguns fatos interessantes. Se quiser ler a respeito das guitarras Gibson do Kiss, leia:
Ace Frehley “Budokan” Les Paul Custom, Gibson.com 2012 entrevista com KISS’s Tommy Thayer e a recente entrevista do Tommy no NAMM 2013.

Aqui vão alguns fatos interessantes…

1. Antes de mudarem o nome para KISS, o quarteto chamava-se Wicked Lester. Como Wicked Lester, eles chegaram a gravar demos de um disco para Epic Records em 1971-72 que nunca foi lançado. Algumas dessas músicas foram aproveitadas em discos posteriores do KISS. O baterista Peter Criss se juntou a eles por volta de abril de 1972; Ace Frehley, em janeiro de 1973. Duas semanas mais tarde, eles se apresentaram como KISS.

2. Antes de se decidirem por KISS, eles consideraram os nomes Albatross, Rainbow (antes da banda de Ritchie Blackmore, do Deep Purple, com o mesmo nome), e Crimson Harpoon. Gene Simmons é mencionado como tendo sugerido o nome “Fuck”. Mas é uma brincadeira. Simmons é esperto o suficiente para saber que o nome não seria nada comercial.

3. Nos anos 70, alguns pregadores anti-rock sugeriram que KISS significava Knights in Satan’s Service (Cavaleiros a Serviço de Satã) – o que não é verdade.

4. A conexão com o Rainbow não acabou ali. Ken Kelly, o artista que pintou as capas dos discos Destroyer e Love Gun também pintou capas de discos da banda de Blackmore.

5. Jay Jay French, guitarrista do Twisted Sister, fez testes para ser o guitarrista solo do Kiss no final de 1972, início de 1973, quando eles ainda se chamavam Wicked Lester. Mas, Ace pegou o posto, mesmo tendo se apresentado usando sapatilhas que não combinavam, uma vermelha e a outra laranja.

6. Seus fãs fervorosos são conhecidos como KISS Army (Exército do KISS). Esse acontecimento foi no estado de Indiana, onde uma estação de rádio local se recusou a tocar qualquer música do Kiss no início dos anos 70. Em protesto, os fãs marcharam até a estação de rádio se autodenominando KISS Army.

7. As primeiras capas do disco de estreia do KISS não incluíam Kissin’ Time. O disco foi relançado em julho de 1974 para incluir a versão deles de Kissin’ Time, originalmente, um clássico de Bobby Rydell.

8. Para a capa de KISS, a banda queria que ela parecesse a capa de Meet The Beatles. Ah, e a Warner Bros. Records, inicialmente, ameaçou a cancelar o contrato da banda caso eles não tirassem a maquiagem.

9. Para conseguir o visual prateado do “Spaceman” do seu cabelo na capa do KISS, Ace Frehley aplicou tinta spray comercial pensando que ela sairia logo depois de uma lavada. Ace estava errado.

10. Ace começou a usar sombreador azul no final dos anos 70 – ele também desenvolveu uma reação alérgica à sua maquiagem prateada.

11. “Dimebag” Darrell (Pantera/Damageplan) foi enterrado em um “Caixão do KISS”, tal como ele pediu em seu testamento. Gene Simmons disse, “Havia um número limitado disponível, e eu mandei o meu para a família do ’Dimebag’ Darrell. Ele pediu para ser enterrado em um caixão do Kiss em seu testamento. Por alguma estranha razão, ele aprendeu a gostar de rock and roll ouvindo a gente.” Para aqueles que pensam em ser cremados, há urnas do Kiss também disponíveis.

12. No início dos anos 70, Peter Criss voou para a Inglaterra para fazer um teste para a banda de apoio do Elton John. Ele não passou nos testes.

13. Ace Frehley era conhecido por adorar uma bebida, mas seu clássico “Cold Gin” não foi baseado em sua bebida preferida. “Eu não bebia gin: não bebia licor de nenhum tipo com muita frequência,” ele escreveu em suas memórias No Regrets (Sem Arrependimentos). “Eu adorava cerveja, não era conhecedor. Me dê uma lata do que você tiver aí na geladeira! Eu ficava feliz. Eu queria escrever uma música sobre bebidas, e “Cold Gin” soou com um ótimo título.”

14. Foi oferecido ao KISS o papel da Future Villain Band no filme de 1978 Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. A banda recusou por ficar com medo de afetar a imagem deles. O papel foi passado então ao Aerosmith.

15. A mão que aparece na capa do disco Music From The Elder não é do Paul Stanley, como presumem alguns fãs. De acordo com o ex-empresário Bill Aucoin, a mão é de um modelo de mão.

16. A porta que aparece na capa do disco The Elder é de uma igreja Metodista na Park Avenue em Nova York.

17. Gene Simmons é um dos maiores cuspidores de fogo do mundo. A labareda de fogo do baixista é uma atração do Kiss, mas Simmons é realmente bom nisso. Sua labareda alcança 4,60 m. Não tão bom quanto o recorde mundial de 2011, 8.05 m, obtido pelo norte-americano Antonio Restivo; mas, impressionante do mesmo jeito, naquilo que pode ser descrito como uma ocupação “minoritária”.

18. Ace Frehley canta deitado! Ele diz: “Toda vez que vou gravar o vocal principal, tenho que fazer deitado de costas. Se eu levantar e tentar cantar, algumas vezes, não consigo alcançar as notas.”

19. Paul Stanley escreveu muitas das músicas do início do Kiss, incluindo Firehouse e Let Me Know, quando ainda estava no colégio.

20. Stanley estudo arte na Bronx Community College antes de dedicar seu tempo ao Kiss. Ele ainda pinta – veja as pinturas de Paul Stanley.

21. Kiss nunca teve um single #1 nos Estados Unidos. Mas, I Was Made for Lovin’ You atingiu o primeiro lugar no Canadá e na Holanda.

22. A gola da roupa de “raposa” que o baterista Eric Carr usou em 1980 era feito de pele de raposa de verdade.

23. A maioria das músicas que aparecem no disco solo de Peter Criss de 1978 foram escritas, originalmente, em 1972 para o disco de sua banda na época chamada Lips.

24. Em 1986, Paul Stanley chegou perto de aceitar o cargo de produtor do disco de estreia do Guns N’ Roses, Appetite for Destruction. Mas Stanley, eventualmente, mudou de ideia e recusou.

25. Para o seu disco solo de 1978, Gene Simmons queria contar com a presença de Sammy Davis Jr., Dinah Shore, Chaka Khan e Arthur Liberace. Outros compromissos, porém, impediram-nos de participar. Simmons, tamnbém, chamou Paul McCartney, mas, “problemas de agenda” também impediram que isso acontecesse.

26. De acordo com Peter Criss, Ace Frehley tocou baixo em muitas músicas do inico da carreira do Kiss.

27. No começo de suas carreiras, Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss gravavam vocais para jingles de comerciais, incluindo alguns para os caminhões da AMC.

28. Sammy Hagar foi descartado como show de abertura para uma turnê do Kiss no final dos anos 70 por usar linguajar sujo no palco.

29. As “notícias” ouvidas no início da música Detroit Rock City, do disco Destroyer, foram lidas pelo produtor, Bob Ezrin.

30. Logo após sair do Kiss em 1982, Ace Frehley voou para Los Angeles para produzir as primeiras fitas demo do W.A.S.P.

31. Apesar de Stanley ser um exímio estudante de arte, foi Ace Frehley quem desenhou o logo do KISS.

32. Quando Eric Carr gravou o seu vocal para a regravação de Beth em 1988, ele assentou na mesma bateria usada por Peter Criss durante a gravação original dessa música em 1976.

33. Quando era jovem, Gene Simmons entrou para uma escola judia rabínica com a intenção de se tornar um rabino.

34. Ace Frehley foi roadie do baterista Mitch Mitchell durante a última apresentação da banda de Jimi Hendrix, Band of Gypsys, em Nova York em 1970.

35. Todos os instrumentos da música Little Caesar do disco Hot in the Shade foram tocados por Bruce Kulick (todas as guitarras), e Eric Carr (bateria e baixo).

36. Imediatamente antes de se juntar ao KISS em 1982, Vinnie Vincent era compositor do programa de televisão Happy Days – ele compôs todas as músicas que os personagens Joanie e Chachi cantam no show. (Esperamos que isso seja verdade!)

37. Os solos das músicas All American Man e Exciter foram tocados por Rick Derringer (do “Rock and Roll Hoochie Koo”)

38. Em 1977, Kiss tornou-se a primeira banda desde The Beatles a ter quarto discos na lista da Billboard Hot 100 album chart – Alive, Destroyer, Rock and Roll Over e The Originals estiveram todos no Top 40 ao mesmo tempo.

39. Em 1983, Gene Simmons disse ter recusado o papel do protagonista no filme Flashdance, por medo de prejudicar sua imagem. Aparentemente.

40. No início dos anos 90, Gene Simmons declara ter escrito uma música com Bob Dylan. Ainda muito superficial.
Como sempre em relação ao KISS, alguns dos “fatos” acima podem ser mais verídicos que outros. Graças a todos os ótimos KISS fansites, biografias e autobiografias dos membros de suas próprias versões de alguns desses loucos eventos…

*Este texto foi elaborado por um Wikimate e não necessariamente representa as opiniões dos autores do site.

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