Kirk Hammett, guitarrista do Metallica, não consegue imprimir completamente o próprio DNA sonoro aos solos que gravou com a banda – e parte do motivo é Lars Ulrich, conforme revelou em recente entrevista.
Prestes a lançar o primeiro EP solo da carreira, Hammett comemorou a liberdade artística do projeto em conversa com a Ultimate Classic Guitar. “Sabe, não há limitações reais impostas a mim. Quando eu estava trabalhando nessas faixas, eu não queria me esforçar demais nisso. Então eu disse a mim mesmo, ‘Se eu não conseguir fazer esses solos em três ou quatro takes, então vou desligar e esperar até o dia seguinte, e então tentar acertar em três ou quatro tentativas’. Sabe, foi o que eu fiz. Esses solos não têm limitações”, contou.
Esse processo criativo mais solto é bem diferente do que o guitarrista costuma fazer com o Metallica. “O que quero dizer com isso é que muitas vezes, quando estou fazendo solos para o Metallica, tenho que tocar para a música [em questão]. Eu tenho que tocar dentro do contexto da música, tornar o solo um tanto acessível – e o que quero dizer com isso é que ele precisa ter partes interessantes. Ele precisa ter algo dinâmico que chame sua atenção. Você sabe, precisa ser um pouco comercial”, explicou.
Outros fatores de influência na composição de solos são os produtores dos álbuns e as sugestões constantes de um colega em específico. “E também com [a influência] de Lars, porque Lars gosta de microgerenciar tudo. Então, quando estou lá fazendo um solo, ele me dá uma ideia. Isso molda os solos. Não sou 100% eu. Eu sempre aludi a isso”, continuou Kirk Hammett.
No EP Portals, que será lançado em 22 de abril, o músico simplesmente se permitiu tocar de maneira mais livre, seguindo o sentimento das músicas, sem buscar um som específico dentro de regras ou expectativas. “Eu apenas cheguei, toquei o solo e senti que era um momento honesto que capturamos, [então o mantivemos]”, resumiu.
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