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K.K. Downing e Rob Halford em 1988

K.K. Downing e Rob Halford em 1988. Crédito: Reprodução/Youtube

Judas Priest “sempre soube” que Rob Halford era gay, afirma K.K. Downing

“Esses olhos viram muita coisa”, contou sobre a convivência na banda

K.K. Downing, membro fundador do Judas Priest, afirmou que sempre soube da orientação sexual de Rob Halford, que apenas se assumiu gay para o público em 1998 – e isso nunca foi uma questão para ninguém da banda. 

Em entrevista ao podcast No Fuckin’ Regrets With Robb Flynn, o guitarrista comentou a atitude acolhedora da banda. “Sempre soubemos que Rob era gay. Porque anos 1960 e início dos anos 1970, quando tudo ainda era meio escondido, as pessoas se sentiam um pouco mais confortáveis ​​perto de nós porque andávamos ficar em grupos e sempre saberíamos que aquele cara é diferente de nós e aquela garota é diferente [na sexualidade]”, explicou (via Blabbermouth). 

Para Downing, a escolha de Halford como vocalista da banda foi baseada nos requisitos para a vaga, sem se preocupar com sexualidade: o cantor ele tinha “uma ótima voz, era teatral e articulado com as palavras”, características essenciais em um verdadeiro showman. 

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Na autobiografia Confesso, lançada este ano, Halford relata que buscava encontros de uma noite em estabelecimentos gays quando estava em turnê nas décadas de 1980 e 1990, já que não poderia simplesmente convidar fãs para o hotel como os colegas faziam com as garotas. Questionado sobre isso, Downing disse que não era um segredo. 

“Meus olhos viram muita coisa”, disse com uma risada. “Até mesmo no meio dos anos 1970, se você saísse do palco e Rob estivesse no chuveiro com um [dos caras] da equipe fazendo algo. É assim mesmo. Você não poderia ir lá até acabar e tal”, lembrou. “É a mesma coisa – não tem diferença alguma [de pessoas heterossexuais]. O que é certo, é certo. (…) Essas coisas acontecem, é rock n’ roll”. 

Downing também comentou o período em que Halford omitiu a própria sexualidade em um meio tão dominado pela postura de machos dominadores. “Para ser justo com Rob, ele jogava em equipe. Ele sabe que a imagem e o jeito dele agradava aos rapazes [e] agradava às meninas. E ele estava de boa com isso. O mesmo comigo, porque seu público é o seu público”, contou. “Eu ainda tinha um orgulho imenso de Rob como um grande frontman e um grande vocalista. E ele desempenhou o papel de machão do Judas Priest também, igualmente, assim como a gente”. 

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