Para John Dolmayan, baterista do System of a Down, os músicos da nova geração precisam ser cada vez melhores para se destacar em meio à expansão do cenário atual. O tema foi abordado em sua recente entrevista à influenciadora australiana Lilian Tahmasian.

Dolmayan relembra a dificuldade da banda no início de carreira. “É muito caro ser músico. Nós precisávamos de 400 dólares por mês para pagar aluguel, mas para nós, pareciam 4 milhões”.

De acordo com o músico, mesmo quando o grupo começou a ganhar visibilidade mundial, as dificuldades ainda estavam presentes, principalmente, por parte da indústria, que apresentava uma grande resistência. “A maior estação de rádio do país disse: ‘nunca vamos tocar essa banda’. Depois de um ano, éramos a banda mais tocada da estação”, relembrou o baterista.

Após contar sobre o episódio envolvendo a K-Rock, o baterista destacou que o nível de sacrifício pela profissão e a ética de trabalho são a chave do sucesso, destacando que, se não fosse por sua obsessão pela bateria, não teria ido tão longe no mundo da música.

“Eu tocava até minhas mãos sangrarem. Quando meus pedais quebraram e eu não podia comprar novos, eu colei um sapato velho nele e fiz funcionar. Se você não está disposto a se sacrificar, provavelmente não vai chegar a lugar nenhum”.

Para ele, os avanços tecnológicos e a presença das redes sociais no cenário atual da música torna a profissão mais acessível. Mas também traz novos desafios aos que pretendem trilhar esse caminho: “É mais fácil hoje em dia, mas também é mais difícil. Agora o cenário é muito maior. Então, se você quer se destacar, você tem que ser realmente muito bom”.

John Dolmayan do System of a Down aprova governo Trump

Durante a entrevista, o músico também aproveitou para compartilhar sua opinião sobre a reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Dolmayan disse que é a favor do governo e que votou no republicano durante as eleições norte-americanas de 2024. “Estou feliz que ele venceu, porque isso traz um pouco de sanidade de volta”.

Ele também citou o sentimento de insegurança no país e que, apesar de defender que todos possam viver suas vidas livremente, é contra o que ele chamou de “ensino da cultura queer”.

Em 2023, o baterista já havia se pronunciado sobre perder seguidores e amigos por conta de seu posicionamento político, que é oposto ao de seu colega de banda Serj Tankian, vocalista do System of a Down.

Veja a entrevista na íntegra:

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Desde criança em contato com a música, é estudante de jornalismo e fã de metalcore. Com passagens por redações e rádio, acredita que a musica pesada pode ter o seu espaço em qualquer lugar do mundo.