João Gordo deu o pontapé inicial da tour que promove o recém lançado álbum Brutal Brega. E esse pontapé foi um verdadeiro “chute na porta” no melhor estilo João Gordo.

O projeto que foi idealizado pelo produtor Val Santos durante a pandemia, é um divertido tributo à música “brega” com clássicos da música brasileira transformados em versões punk rock.

O show de ontem, 18, aconteceu no Blue Note em São Paulo e marcou o início da tour que já tem algumas datas agendadas incluíndo a participação do Brutal Brega no lineup da primeira edição do festival Summer Breeze Brasil, que acontecerá em abril de 2023.

Com uma introdução que remetia a outros ícones do brega, como o programa de rádio Zé Betio, a banda iniciou sua apresentação devidamente trajada com suas roupas divertidas em uma espécie de crossover de Mamonas Assassinas com Mário Fofoca.

A música de abertura foi também o primeiro single do projeto, “Fuscão Preto” de Almir Rogério e já empolgou o Blue Note que estava lotado, com todas as pessoas cantando o clássico.

“Quando eu era criança nos anos 70, eu ODIAVA o Sidney Magal. Eu NUNCA ia imaginar que um dia eu ia gravar som dele e estar num palco cantando” anunciou João Gordo antes da banda começar a segunda música, o clássico “Tenho” de Magal.

“Essa música é demais” foi a declaração antes de “Ciganinha” que levantou o público. E logo depois, antes de “Feiticeira” de Carlos Alexandre, João Gordo fez todos caírem na risada ao dizer “Essa música é IDÊNTICA a Ciganinha.”

Em “A Namorada Que Sonhei”, Gordo dedicou a música à sua esposa “o amor da minha vida” e antes de “Pepino” afirmou que essa é a sua música preferida do disco.

O vocalista ainda brincou perguntado para Val Santos, antes de tocar “Amante Latino” e “Sandra Rosa Madalena”: “TRÊS MÚSICAS DO MAGAL?!?! TRÊS?!?! Só pode ser carma!”

Além de outros clássicos que estão presentes no álbum como “Domingo Feliz” e “Tô Doidão”, a banda apresentou novas músicas, já apontando para uma possível continuidade do projeto.

“Em 1975 tinha uma novela da Globo, Saramandaia, e o pessoal me chamava de Dona Redonda que é a personagem que explodiu no último capítulo de tão gorda que era! Eu ficava p…” contou João Gordo fazendo todo mundo rir novamente antes da inédita “Pavão Misterioso” que foi tema da abertura da novela.

O grupo também apresentou 3 músicas que são versões de clássicos da MPB: “Morena Tropicana” de Alceu Valença, “Pombo Correio” de Moraes Moreira e “Trio Elétrico” de Caetano Veloso em uma versão absurdamente rápida e pesada.

A banda, que contou com Guilherme Martin (VIPER, Toyshop) na bateria estava muito bem ensaiada e trouxe um peso que curiosamente faz o projeto agradar tanto os amantes dos clássicos do brega, como os do heavy metal, hardcore e outras vertentes do rock.

Na noite de estreia, o Brutal Brega se mostrou um projeto muito divertido e bem humorado que fez as pessoas saírem do Blue Note felizes, leves e com sorrisos nos rostos.

Com esse lineup, esse setlist, essas versões e principalmente esse bom humor de João Gordo, é garantia de sucesso e promessa de continuidade com novas músicas já sendo apresentadas.

O álbum está disponível em todas as plataformas digitais, e também em CD nas principais lojas e online via Wikimetal Store.

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Apaixonado por música, em particular por rock e heavy metal, co-fundou o Wikimetal em 2011. Foi roadie do VIPER desde a fundação da banda até o final da tour do álbum 'Theatre of Fate'. Sempre teve o desejo de ajudar a difundir o heavy metal que foi alvo de tanto preconceito ao longo dos anos. O Wikimetal é uma forma de defender, propagar e perpetuar o metal no Brasil.