Em uma entrevista para o Tone-Talk, o guitarrista do Slipknot, Jim Root, comentou sobre a sorte que a banda teve ao conversar e acertar a vaga de baterista com o brasileiro Eloy Casagrande, e como foram os dois primeiros shows que a banda realizou com o novo integrante. Os shows aconteceram no dia 25 de abril, no Pappy + Harriet’s, em Pioneertown, na Califórnia, e no dia 27 no festival Sick New World, em Las Vegas.
Jim comentou (via Blabbermouth): “Acabamos de fazer dois novos shows para apresentar nosso novo baterista ao mundo. Fizemos um show secreto no Pappy + Harriet’s em Pioneertown, no deserto, perto de Indio, área de Palm Springs. Eu amo o deserto, e toda aquela vibração é muito legal. E as pessoas lá eram tão legais, tão legais, tão receptivas. E eles tiveram que ter uma reunião do conselho municipal para fazermos o show lá, porque eles foram gentis de, tipo: ‘Oooh, Slipknot. Este é um tipo de comunidade hippie e tranquila. Queremos que esse caos aconteça aqui?’ tipo de coisa, mas tudo acabou muito bem e todos aceitaram muito e todos foram muito respeitosos.[…]
[…] E nos deu a chance de fazer algo que não fazíamos há anos, senão décadas: tocar para 300 pessoas. Isso foi muito divertido. Eu não consigo nem descrever. Então fizemos isso tipo, ‘Boom, aqui está ele. Sim, você estava certo. É Eloy Casagrande. Ele é nosso novo cara. E então – o quê? – dois dias depois, fizemos um Sick New World em Las Vegas. Então, nós colocamos isso sob controle e fora do caminho, e agora é hora de seguir em frente e para frente, e para cima e fazer muito mais improvisações e ensaios. Preciso entrar no modo de composição para que possamos escrever músicas dignas da bateria de Eloy, porque esse cara é um baterista de classe mundial.”
Mais tarde na conversa, Jim Root comentou também como Eloy se aproximou, em que ele os contatou primeiro, enviando alguns vídeos dele tocando, e como o baixista da banda, Alessandro “Vman” Venturella, já conhecia o baterista anteriormente.
“Nem tentamos com mais ninguém. O nome de Eloy apareceu. E Vman está realmente sintonizado com muitos músicos ótimos, progressistas e pesados, que são apaixonados por seus instrumentos, parecia algo óbvio. E ele realmente respeita o legado de Joey [Jordison, ex-baterista], e Joey foi uma grande influência para ele. E ele é tão humilde. E dá para perceber que ele vive e respira seu ofício, a tal ponto que vejo sua paixão e isso acende minha paixão pelo meu instrumento. E os brasileiros, sul-americanos em geral, são tão apaixonados pelo que fazem. Ele saiu para jantar com quatro ou cinco promotores da América do Sul, e todos ficaram muito entusiasmados. Eles ficam todos tipo, ‘É tão bom que você tenha um baterista brasileiro no Slipknot agora. Sentimos como se tivéssemos vencido a Copa do Mundo. É uma sensação legal. E Deus, ele se encaixa tão bem. E temos sorte de tê-lo – temos muita sorte de ter esse cara”, finaliza.
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