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Ian Anderson e Jethro Tull

Ian Anderson e Jethro Tull. Créditos: Divulgação

Jethro Tull em Curitiba, uma noite de extrema imersão no rock progressivo

Jethro Tull apresentou-se no Teatro Positivo no estilo “sem celulares”

O Jethro Tull subiu ao palco do Teatro Positivo, nesta sexta, 12 de abril, com sua nova turnê RÖKFLÖTE TOUR. Após um longo tempo sem pisar em terras brasileiras, devido a pandemia, eles voltaram e parece que o tempo não passou para Ian Anderson e banda.

O local do evento, Teatro Positivo, é uma construção nova e bem estruturada para apresentações mais elaboradas . As cadeiras eram numeradas, muito confortáveis e com ótima acessibilidade.

Não havia filas, exceto para a compra de bebidas alcoólicas, água e refrigerantes. Inclusive estavam disponíveis taças para vinhos e espumantes, com opções interessantes para agradar aos apreciadores da bebida.

Ian Anderson e banda pedem para que o público não utilize celulares e câmeras

Algumas pessoas ficaram incomodadas com o pedido, realizado por Ian Anderson e equipe, com avisos espalhados pelo local, da proibição do uso de celulares e câmeras durante a apresentação.

Mas por outro lado, a banda explicou o motivo, de que a luz emitida pelos aparelhos causam desconforto e tiram a concentração dos músicos. Tamanho cuidado da produção do show foi importante para que o público sinta-se respeitado mesmo sem poder utilizar seus aparelhos.

Enfim, no palco Jethro Tull com show tão aguardado

Jethro Tull subiu ao palco um pouco depois das 21 horas, mas o local já estava cheio, só restando poucas poltronas ao fundo. A banda iniciou com “My Sunday Feeling”, de 1968 e logo na sequência ” We Used To Know”, do álbum Stand Up de 1969. Mas o público começou a ir a loucura com “Heavy Horses”, clássico da banda que gerou muitos aplausos e suspiros das várias gerações presentes na plateia.

Aliás o público era formado por pessoas de várias idades, inclusive famílias inteiras, prova do alcance que a banda ainda proporciona. Com a música “Wolf Unchained”, do novo álbum a banda provou estar mais atual do que nunca, com uma pegada mais pesada e letras sobre lendas e deuses nórdicos. A música ficou muito bem ao vivo, e a resposta do público foi excelente.

Para finalizar a primeira parte do show, nada mais nada menos do que o famoso cover de Johann Sebastian Bach “Bourrée”, ovacionada por todos. Realmente nesta metade do show, acredito que muitos esqueceram que tinham celulares.

Ian Anderson, muito carismático informou sobre um pequeno intervalo, e na sequencia a segunda parte de show. Aproveitou também para avisar ao público que o merchandising do Jethro Tull estava disponível do lado de fora, para que todos possam levar uma lembrança do show.

A inesquecível última metade da apresentação

Importante também para a experiência “sem celulares” foi que havia uma espécie de telão atrás da banda, funcionando como cenário, cujas imagens sincronizavam perfeitamente com as músicas e as luzes do palco. Realmente muito tocante em alguns momentos.

Os destaques desta última parte foram muitos. Do disco novo, a música “The Navigators” conquistou definitivamente os fãs, um épico digno de Jethro Tull. Um momento de muita emoção e reflexão foi a execução da música “Mrs Tibbets”, do álbum The Zealot Gene, de 2022. A canção faz referencia ao piloto que soltou a primeira bomba nuclear da história, o vídeo e imagens do telão enquanto os músicos tocavam foi uma experiência única entre a beleza e a tragédia.

Ian Anderson e banda seguiram com “Dark Ages” e finalmente o momento aguardado pela maioria dos presentes, a execução com perfeição de “Aqualung” para supostamente finalizar o show. Mas uma surpresa para o público, Jethro tocou ainda a clássica “Locomotive Breath”, com permissão para fotografias e filmagens por parte do público.

Finalizado o show só restaram rostos alegres e satisfeitos e uma reflexão a respeito do uso exagerado do celular em shows. Realmente faz toda a diferença um pequeno retrocesso ao passado de vez em quando. O sentimento da música sendo apresentada ao vivo fica ainda mais forte em nossos sentidos.

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